CUT defende integração dos povos da América Latina e Caribe

Enquanto a presidenta Dilma Rousseff representava o Brasil na II Cúpula da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos – Celac, em Havana, Cuba, nessa terça-feira (28), em Brasília, líderes de movimentos sociais e representantes da ilha de Fidel se reuniram com o mesmo objetivo da Cúpula: integrar os 33 países da América do Sul e do Caribe. Na capital federal, entretanto, o ato pela integração dos povos latinoamericanos e caribenhos teve como base o aniversário de 161 anos de José Martí, um dos principais líderes da libertação cubana.
Reunidos na Praça do Buriti, cubanos, brasileiros, venezuelanos reverenciaram a figura de Martí e reforçaram o pensamento do líder de Cuba, de integração, independência e liberdade.
“Martí é o líder indiscutível da nação cubana. Ele sempre pediu a união das Américas. Martí foi precursor do desejo de unidade, de solidariedade, de compreensão entre todas as nações da América Latina. E de alguma maneira, com o passar de tantos anos, vemos como essas ideias, de amor e de solidariedade, estão presentes para todo o povo da América Latina e também para o povo de todo mundo. Todos os homens têm de manter vivo o pensamento de Martí. Manter vivo a partir do amor, da solidariedade entre povos”, reflete a Cônsul de Cuba em Brasília, Ester Maria Zamora.
Para o secretário de Política Social da CUT Brasília, Ismael José César, o pensamento de solidariedade entre os povos da América Latina é também princípio da CUT. “A integração dos povos leva à necessidade de que as vitórias obtidas por trabalhadores de um país possam ser socializadas com trabalhadores de outros países. Este é o pensamento de José Martí e também da Central Única dos Trabalhadores. Por isso, precisamos, mais do que nunca, construir a integração e a solidariedade entre os povos. Hoje mais do que nunca para combater a exploração promovida pelo neoliberalismo”, disse.
“A ideia da integração é criar um mundo equilibrado, onde seja possível trabalhar o desenvolvimento social. A integração é a melhor forma de garantir o desenvolvimento para os povos”, avalia o Conselheiro da Embaixada da Venezuela, Carlos Ron.
Quem foi José Martí
Herói nacional de Cuba, poeta, escritor, orador, catedrático, agente consular, jornalista, estadista e patriota, José Martí se dedicou à luta pela independência de Cuba. O herói morreu em combate, em 1895, durante a Guerra da Independência (1868 a 1895).
Descoberto por Cristóvão Colombo, em 1492, a ilha de Cuba foi invadida pelos espanhóis, que exterminaram sua população aborígene, substituída por escravos africanos. Durante mais de quatro séculos, a ilha permaneceu como colônia espanhola. Em 10 de outubro de 1868, teve início a Guerra da Independência, processo que durou mais de 30 anos, tendo como protagonistas Carlos Manoel de Céspedes, Antônio Maceo, Máximo Gomez e José Martí.