1º Prêmio Internacional da Consciência Ambiental destaca o papel de comunidades invisibilizadas na construção da consciência socioambiental

O Distrito Federal reuniu, na sexta-feira (28), lideranças, especialistas e representantes de diversas iniciativas para celebrar um momento inédito no reconhecimento de ações ligadas à preservação ambiental e à valorização de trabalhadores e comunidades historicamente invisibilizados. A solenidade, realizada no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal (Crea-DF), marcou a entrega do 1º Prêmio Internacional da Consciência Ambiental e Invisibilidade, idealizado pelo Instituto Ecos do Cerrado.

A premiação homenageou pessoas, coletivos e instituições que atuam diretamente na preservação ambiental e na promoção da justiça social, mas que, por estarem longe dos holofotes, nem sempre têm seu trabalho reconhecido. Catadores, quilombolas, povos ancestrais, ribeirinhos, educadores, cooperativas, universidades, empresas e órgãos públicos estiveram entre os destaques da tarde.

O evento ocorreu em um momento emblemático, logo após a COP 30, reforçando o papel do Distrito Federal como articulador das pautas socioambientais no país. De acordo com o Instituto Ecos do Cerrado, o prêmio foi concebido para ampliar o alcance da consciência ambiental, integrando-a às urgências sociais que atravessam o território brasileiro.

Dividimos a missão de cuidar do nosso Cerrado, do nosso berço das águas, com todos. E vocês merecem — cada um em sua realidade — serem reconhecidos pelo impacto significativo que representam nessa construção.”

O idealizador da premiação, Edmi Moreira, presidente do Instituto Ecos do Cerrado e criador do Dia da Consciência Ambiental do Distrito Federal, destacou que o reconhecimento nasce de um compromisso permanente com a educação ambiental, a equidade e a construção de políticas públicas que enfrentem desigualdades históricas: “Essa é minha forma humilde de agradecer a cada um de vocês pelo que fazem pelo meio ambiente em todos os setores.”

A edição de 2025 marca os cinco anos da instituição oficial da data comemorativa, consolidando um movimento que busca dar visibilidade aos que, diariamente, contribuem para o equilíbrio ecológico e para a construção de uma sociedade mais humana. Para os organizadores, o prêmio reafirma que a sustentabilidade não se faz apenas com tecnologia e inovação, mas também com o trabalho silencioso e essencial de comunidades e profissionais que sustentam.