Ibaneis/Celina exigem que o Sinpro deposite R$ 4 milhões, patrimônio da categoria, em juízo

A diretoria colegiada do Sinpro-DF vem a público manifestar seu repúdio e indignação com mais uma atitude de intransigência e truculência por parte do Governo do Distrito Federal (GDF). Mostrando, mais uma vez, que é inimigo da categoria e faz tudo o que está ao seu alcance para prejudicá-la, Ibaneis manda executar uma multa de R$ 4 milhões, referente à greve de 2017, cujo processo ainda nem está finalizado.

A ordem para que o Sinpro efetue tal pagamento chega no mesmo dia em que a operação “Compliance Zero” da Polícia Federal afastou o presidente do Bando de Brasília (BRB) e prendeu Daniel Vorcaro, dono do banco Master, em cuja compra – felizmente fracassada – Ibaneis empenhou muitos esforços.

A “generosidade” com que o governador queria premiar Vorcaro não se aplica, no entanto, a trabalhadoras e trabalhadores que se encontram super endividados junto ao BRB. Essa é a política privatista e desumana de Ibaneis para o banco público do Distrito Federal.

Assim, o mesmo governo que queria comprar um banco falido, acusado de fraudes, agora exige que o sindicato deposite R$ 4 milhões em juízo. Fica nítido que a intenção do governador é somente atacar a categoria, tentar estrangular sua principal ferramenta de luta por meio da execução de uma multa abusiva.

Como o processo não está transitado em julgado, o GDF sequer poderá sacar o valor, o que torna escancarado que o interesse de Ibaneis não é no dinheiro, mas sim, em punir trabalhadores que realizaram uma luta legítima. A intenção do governador, que paga um dos piores salários do GDF a professores e orientadores educacionais, é se apropriar do patrimônio da categoria.

Confirmando o cunho político da ação, o GDF se recusa a retirar a multa, também se recusa a parcelar o montante, bem como não aceita o acordo, proposto pelo Sinpro, que destinaria o valor a reforma de escolas e creches.

O Sindicato dos Professores no Distrito Federal continuará denunciando as práticas autoritárias e intransigentes de um governo que já mostrou diversas vezes seu desprezo pela educação e pela luta de trabalhadoras e trabalhadores por seus direitos. Essa perseguição não vai esmorecer a disposição desta categoria para a luta. Lutar não é crime, greve é um direito garantido pela Constituição Federal e o patrimônio do Sinpro pertence à categoria do magistério público do Distrito Federal!