Ato pela educação dá voz ao povo na Praça do Relógio, nesta quarta (18)

Nesta quarta-feira (18/6), às 15h, será realizado ato pela educação na Praça do Relógio, em Taguatinga, para que a população possa falar sobre os problemas que conhecem/vivenciam diariamente nas unidades escolares. Além disso, as pessoas também poderão contar os aprendizados de vida que tiveram com seus professores(as) e orientadores(as) educacionais e a importância que eles(as) têm no futuro do Distrito Federal e do país. A ação integra o calendário de greve e compõe a campanha “Solte o Verbo em Defesa da Educação”, realizada pelo Sinpro.

 

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Taguatinga foi escolhida para ser espaço do ato pela educação por ter sido palco de mais uma ação autoritária do governador Ibaneis Rocha contra a população, a educação e os(as) educadores(as). No aniversário da cidade, dia 5 de junho, durante evento de reinauguração da Praça do Relógio, Ibaneis mandou a população calar a boca para que ele falasse.

 

Mais autoritarismo

No dia 11 de junho, em entrevista a jornalistas de diversos veículos de imprensa, Ibaneis Rocha disse: “Nós vamos fazer o corte de ponto, e eu quero saber quantos dias eles vão aguentar com corte de ponto”. O governador se referia aos(às) professores(as) e orientadores(as) educacionais em greve. O caso é considerado um dos vários atos abusivos do chefe do Executivo contra a categoria do magistério público.

 

Em nota, o Sinpro afirma que o governador “mostra certo tom de satisfação” com a fala direcionada a uma categoria composta, majoritariamente, por mulheres, muitas delas arrimo de família.

 

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Paralelamente, o cenário imposto para a educação é outro. Inspeção realizada pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) em 17 unidades de ensino de 6 CREs, que atendem a 11 mil estudantes, aponta uma série de irregularidades de infraestrutura dos prédios. A auditoria, que investigou especificamente questões relacionadas a água, esgoto e infraestrutura escolar, constatou falhas como problemas em bebedouros, descargas quebradas ou ausentes, falta de manutenção em caixas d’água e problemas na coleta de esgoto. A falta de infraestrutura, bem como de condições mínimas de trabalho, são alguns dos motivos da greve da Educação, que pede muito mais do que recomposição salarial.

 

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