Na luta por negociação propositiva, categoria busca apoio da CLDF

Professores(as) e orientadores(as) educacionais em greve realizaram força-tarefa na Câmara Legislativa do DF nesta quarta (4/6). O objetivo foi buscar apoio parlamentar para estabelecer espaço de negociação propositivo com o governo Ibaneis-Celina.

A ideia é que a Casa – que teve papel fundamental na retomada das conversas durante a greve de 2023 – atue para que o GDF ouça e atenda às reivindicações urgentes do magistério público. A iniciativa foi definida pelo comando de greve.

Na ação desta quarta, o Sinpro protocolou carta aos 24 parlamentares da Câmara Legislativa, apresentando os motivos que levaram a categoria à greve. Entre outros pontos, o documento lembra que, de forma autoritária e antidemocrática, o governo Ibaneis-Celina criminalizou mobilização, com multa diária de R$ 1 milhão e corte do ponto de quem aderir à paralisação.

Leia a carta aqui.

 

 

Plenário lotado

Após a força-tarefa nos gabinetes, professores(as) e orientadores(as) seguiram para o Plenário da CLDF, onde foi realizado debate sobre a greve do magistério. Com auditório lotado, a categoria deixou claro que permanecerá firme na luta até que haja avanços.

Durante a fala do deputado Thiago Manzoni (PL), que atacou a luta do magistério e adotou uma postura de descaso com a educação pública, alinhando-se ao Executivo, professores(as) e orientadores(as) presentes no plenário reagiram com um gesto de protesto: viraram de costas enquanto o parlamentar discursava.

“Apoiar a greve da educação não é apenas uma questão de solidariedade dos deputados, é sobretudo um posicionamento político em defesa da educação pública. A CLDF tem um papel fundamental nesse momento, assim como teve na greve de 2023. É fundamental que os parlamentares escutem nossas demandas e se coloquem ao nosso lado nessa mobilização”, disse a diretora do Sinpro Márcia Gilda.

 

 

Deputados em ação

Algumas ações em torno da greve da educação já foram tomadas por deputados(as) na CLDF. Na última terça (3/6), por exemplo, distritais da oposição defenderam que a Casa não vote projetos encaminhados pelo Executivo enquanto durar a greve do magistério. Além disso, o vice-presidente da CLDF, Ricardo Vale (PT), informou que a Mesa Diretora da Casa protocolou pedido de reunião com o governador para discutir as reivindicações da educação. O pedido da Mesa, entretanto, não foi aceito pelo governador Ibaneis Rocha.

Ações nas cidades

Ainda nesta quarta, pela manhã, a categoria realizou ações nas regiões administrativas. Além de ações nas escolas, o magistério foi às ruas para dialogar com a população, denunciar a falta de avanços nas negociações e fortalecer a mobilização em defesa da educação pública.

 

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