Nota de Repúdio | Contra a truculência e em defesa dos direitos
A diretoria colegiada do Sinpro-DF repudia as declarações lamentáveis da secretária de Educação do estado de Goiás, Fátima Gavioli, em live na quinta-feira (24).
O movimento dos professores(as) e orientadores(as) educacionais de Goiás, liderado pelo Sintego – Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás -, vem lutando com afinco pela recomposição da carreira, diante de um cenário de profundos ataques. O plano de carreira recém-aprovado pela Assembleia Legislativa é antes “um pacote de maldades” do que um plano, e esse foi o contexto da live com a secretária Fátima.
Na ocasião, ao responder questionamentos justos apresentados por profissionais em regime de contratação temporária, a secretária mostrou truculência, falta de compromisso com a escola pública e seus profissionais, e despreparo para liderar uma rede pública de ensino. Em fala que pode ser caracterizada como assédio moral, Fátima, basicamente, afirmou que quem quer ganhar mais ou quer o direito de levar o filho ao médico deve abandonar a educação pública. “Você não é obrigada a trabalhar não”, disse.
Uma professora em contrato temporário apontou um dos mais sérios problemas de profissionais desse regime de contratação: o não direito a atestado de acompanhamento. Ela relatou um caso vivenciado por ela recentemente – foi marcada como faltosa na situação em que precisou levar seu bebê ao médico – e, ao apresentar o questionamento à secretária, a retaliação veio rápido: foi comunicada da recisão do seu contrato quando chegou à escola no dia seguinte.
A diretoria colegiada do Sinpro-DF se solidariza com a professora e com a luta do Sintego, que já está tomando as devidas providências quanto a esse caso. O Sinpro-DF também reafirma que o direito a atestado de acompanhamento dos professores em contrato temporário é também uma luta do DF. Esse foi um item importante do acordo de greve firmado em 2023, e o sindicato vem atuando incansavelmente junto à Secretaria de Educação do DF para que essa questão se resolva o mais rápido possível.
Diante de governadores que buscam reduzir ao máximo o Estado, sucateando o serviço público e abrindo mão de concursos em prol de contratações temporárias precarizadas, como acontece no DF e em Goiás, a única alternativa possível é lutar por nossos direitos. Seguiremos em frente em defesa do magistério e da escola pública em todo o Brasil.
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