Sinpro repudia truculência da PM no CED 7 de Ceilândia

Ao separar uma briga entre dois estudantes, um policial militar utilizou de violência, derrubando um aluno do Centro Educacional 7 da Ceilândia no chão. O fato, ocorrido nessa sexta-feira (26) durante uma atividade realizada no pátio da escola, mostra a face da intervenção militar, mecanismo imposto pelo Governo do Distrito Federal em algumas escolas públicas da capital federal.

Ao tomar conhecimento da truculência e da covardia empregada pelo policial, diretores do Sinpro foram até a escola e fizeram uma reunião com a PM, representada pelo tenente Lindomar e pelo major Edney, por representantes da Comissão de Direitos Humanos, por deputados distritais e assessores de parlamentares. Durante a reunião o sindicato disse que repudia qualquer tipo de violência dentro do ambiente escolar e exigiu apuração do caso para que casos como este não se repitam em nenhuma escola pública do DF.

Segundo relatos de estudantes, no momento da atividade dois alunos começaram a briga, gerando um princípio de confusão. Neste instante o policial foi até o local onde ocorria a briga e agrediu de forma covarde o aluno. Para o diretor do Sinpro Samuel Fernandes, a atitude tomada pelo policial é injustificável, até porque violência gera mais violência. “A imagem deixa claro o policial militar segurando o aluno e em seguida o derrubando. Nada justifica este tipo de violência na escola. Não somos contra a PM, mas contra as escolas militarizadas. Somos a favor da PM através do Batalhão Escolar na porta das escolas garantindo a segurança de todos”.

O episódio é um claro sinal da falta de orientador(a) educacional no CED 07. Se a escola tivesse ao menos um orientador, conflitos como este poderiam ter sido evitados, uma vez que a mediação de conflitos é uma de suas funções. Cabe a este educador evitar vários tipos de violência, exemplo de bullying e brigas, além de dar o suporte à formação do estudante, à reflexão sobre valores morais e éticos e à resolução de problemas.

A Polícia Militar encaminhará um inquérito para apuração do caso e o major Edney deixou claro que vai apurar a conduta do policial envolvido na ação.