68% dos brasileiros culpam Bolsonaro pelos altos preços dos combustíveis e do gás

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Portal CUT – Escrito por: Redação CUT | Editado por: Rosely Rocha

 

Pesquisa Datafolha mostra que a maioria dos brasileiros e brasileiras sabe que tem um culpado pelos altos preços da gasolina, óleo diesel, álcool e o gás de cozinha: o presidente Jair Bolsonaro (PL).

São ao todo 68% os que o responsabilizam por manter a decisão da Petrobras de reajustar os preços dos produtos que levam em consideração o valor do dólar, causando aumentos constantes. Esse percentual está dividido entre os que acreditam que a gestão de Bolsonaro tem muita responsabilidade (39%); os que acham que tem ao menos um pouco de responsabilidade (29%). Somente 30% dizem que o presidente não é o responsável. 

Em outro estrato da pesquisa os que declaram que irão ainda votar no presidente, 54% acreditam que o governo tem responsabilidade. Esse percentual está dividido em: 44% acreditam que a responsabilidade é pouca, e apenas 14% dizem que o governo tem muita responsabilidade. Outros 43% isentam Bolsonaro da responsabilidade pelos reajustes dos combustíveis.

Os que votam no PT e na terceira via

Os que declaram voto no ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 71% dizem que Bolsonaro é o culpado pelo aumento de preços; sendo que para 51% ele tem muita responsabilidade; 20% pouca e 28% nenhuma.

Entre os que avaliam votar em Ciro Gomes (PDT), 87% acreditam que o governo Bolsonaro tem responsabilidade pela alta do preço, sendo que 54% dizem que é muita a responsabilidade; 33% pouca e 12% nenhuma.

Para 79% dos eleitores de Sérgio Moro (Podemos) , o atual presidente tem responsabilidade, sendo que 46% dizem que é muita e outros 33% afirmando que é pouca e 20% nenhuma.

No que se refere a eleitores que declaram preferência por João Dória (PSDB), 71% dizem que o governo tem responsabilidade, sendo que 41% avaliam que é muita; 29% pouca e 25% nenhuma.

Por região

A pesquisa Datafolha mostra ainda que 78% dos eleitores da região Sul do país acreditam na responsabilidade do governo pelos aumentos dos combustíveis. Eles estão divididos entre 42% acreditam que tem muita responsabilidade; 33% um pouco de responsabilidade e 27%, nenhuma responsabilidade.

Os eleitores do Nordeste e Sudeste empatam com 68% nos que acreditam na responsabilidade do presidente, mas os índices são diferentes. Para 42% dos nordestinos Bolsonaro tem muita responsabilidade. Pouca (26%) e nenhuma 29%. Já no Sudeste a divisão é de 40% muita responsabilidade; 28% pouca e 30% nenhuma.

Nas regiões Centro-Oeste e Norte o índice dos que acreditam que Bolsonaro é o culpado pelo aumento dos preços dos combustíveis fica em 67%. Muita responsabilidade soma 34%; um pouco (33%) e nenhuma 32%.

Por estrato social

Para 74% dos que têm carteira de trabalho assinada o governo tem responsabilidade no aumento dos combustíveis, com 43% afirmando ser muita.

Os funcionários públicos tem quase a mesma avaliação: 73% consideram Bolsonaro culpado, sendo que 43% dizem ser muita.

Entre os desempregados que desistiram de procurar emprego, 72% acreditam que o governo tem responsabilidade, sendo que 46% dizem que é muita.

Entre os empresários, 65% dizem que o governo tem responsabilidade, um percentual abaixo da média. Entre eles, 35% dizem que é um pouco e 30%, muita. Outros 35% afirmam que o governo não tem responsabilidade.

No caso de autônomos e profissionais liberais, 66% dizem que o governo tem responsabilidade, sendo que 38% afirmam ser muita e 28%, um pouco. Outros 33% afirmam que o governo não tem responsabilidade.

Por religião

Os católicos acompanham a média nacional, segundo o Datafolha. Entre os espíritas, 82% declaram que o governo tem responsabilidade, sendo que 61% dizem que é muita. 64% dos evangélicos acreditam que o governo tem responsabilidade.

Metodologia

A pesquisa Datafolha foi realizada na terça (22) e na quarta-feira (23) com 2.556 eleitores em 181 cidades de todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.

Fonte: CUT