5ª Marcha das Margaridas terá início nesta terça-feira (11)

Milhares de mulheres do campo, da floresta, das águas e das cidades de todos os estados brasileiros e de várias partes do mundo participarão, nesta terça-feira (11), da abertura oficial da 5ª Marcha das Margaridas. A concentração será às 19h, no Estádio Mané Garrincha, onde todas marcharão pela Esplanada dos Ministérios reivindicando igualdade, democracia, fim da violência, agroecologia, direito à terra, educação, saúde e cumprimento de direitos básicos. A abertura contará com a participação de vários representantes de movimentos e organizações de mulheres do Brasil e do mundo, e também de representantes do governo federal.
As mulheres começarão a chegar em Brasília na manhã da terça-feira, quando acontecerá, a partir das 14 horas, uma conferência com o tema “Margaridas seguem em Marcha por Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”. A Marcha é a maior manifestação pelos direitos das mulheres do mundo e é coordenada pela Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) e por 11 entidades parceiras.
Reivindicações
O Caderno de Pauta de Reivindicações da Marcha das Margaridas, entregue para o Governo Federal e Congresso Nacional, é resultado de intensas jornadas com discussões coletivas realizadas pela Contag e entidades parceiras no último ano em todos os estados do Brasil. Contemplam os anseios e as demandas específicas de cada região brasileira, com fundamentação e vivência de quem está na base, trabalhando e lutando diariamente por uma vida mais digna.
História
A primeira Marcha das Margaridas foi realizada pela Contag no ano 2000, quando cerca de 20 mil mulheres de todas as regiões se reuniram em Brasília para fortalecer a luta das trabalhadoras do campo, das cidades, das florestas e das águas de todo o Brasil. A 2ª Marcha aconteceu em 2003, quando ainda mais mulheres uniram-se na capital federal por um país mais igualitário e com direitos para todos. Em 2007 a 3ª Marcha floriu Brasília mais uma vez e, em 2011, mais de 100 mil mulheres marcharam na 4ª Marcha das Margaridas.
O dia escolhido para a mobilização é sempre 12 de agosto, dia do assassinato de Margarida Maria Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Alagoa Grande, na Paraíba. Margarida morreu em 1983, aos 50 anos, vítima de um tiro de espingarda no rosto, crime encomendado por um latifundiário que se viu ameaçado pela luta constante da trabalhadora. Ela esteve à frente do sindicato por dez anos, lutando por direitos trabalhistas como respeito aos horários de trabalho, carteira assinada, 13º salário, férias remuneradas. “É melhor morrer na luta do que morrer de fome”, afirmava Margarida Alves. Hoje, milhares de mulheres seguem seu exemplo de coragem e determinação e mantem vivos os ideais dessa forte batalhadora.
Programação
Manhã
9h30 – Café
10h – Mesa expositora: Políticas Públicas para as Mulheres
Denise Motta Dau – Secretária Municipal de Políticas para as Mulheres de São Paulo
Rosane Silva (a confirmar) – Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, representante da CUT na Comissão Organizadora da 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres
Sonia Auxiliadora – Secretária Estadual da Mulher Trabalhadora da CUT/SP
11h30 – Grupos de trabalho
13h – Almoço (será por conta de cada participante)
Tarde
14h – Continuidade dos grupos de trabalho
15h30 – Plenário: resultado dos grupos e encaminhamentos
17h – Lançamento da Marcha das Margaridas 2015
Com informações do Portal Vermelho