Professores marcham contra reforma da Previdência na quarta

Brasília volta a ser palco de protestos contra a reforma da Previdência. No dia 24 de maio, milhares de trabalhadores/as de todo o país irão se encontrar na capital federal para realizar mais um protesto, o #OcupaBrasilia, contra a reforma da Previdência que os deputados federais querem aprovar de qualquer jeito no Plenário da Câmara dos Deputados.
A concentração será no Mané Garrincha a partir das 14h, e, a marcha, que começa às 17h, sairá do estádio, pelo Eixo Monumental, e seguirá para o Congresso Nacional. Às 18h30 será realizado um ato público em frente ao Congresso contra a reforma da Previdência e demais reformas que retiram direitos trabalhistas e eliminam os direitos sociais e humanos da Constituição Federal.
A diretoria colegiada do Sinpro-DF convoca a categoria a participar ativamente do ato público com compactação de horário. Os turnos matutino e vespertino terão aula somente na manhã do dia 24 de maio e, o noturno, deverá iniciar as aulas deste dia a partir das 20h. Vale lembrar que é importante a categoria informar à comunidade escolar que a reforma da Previdência atinge a todos indistintamente: pais, professores e, sobretudo, os estudantes, futuros trabalhadores do país.
Convida também a todos e todas a participarem da Ação de Rede: uma atividade a ser realizada nas escolas em que professores/as, orientadores/as educacionais e diretorias devem usar as camisetas da luta e tirar fotos com pais, mães e responsáveis e com os/as próprios/as estudantes, segurando cartazes produzidos na própria escola contra a reforma da Previdência ou com as frases em papel cartão produzidas pelo Sinpro-DF. As fotos devem ser encaminhadas para o WhatsApp dos diretores/as do sindicato ou da Secretaria de Imprensa (61-993238131) para publicação nas redes sociais.
As frases em papel cartão, específicas para esse protesto, serão distribuídas pelo sindicato na segunda-feira (22). Os/as delegados/as sindicais devem pegar esse material na sede e subsedes do Sinpro-DF e distribuir nas suas respectivas unidades escolares. Confira no final desta nota a programação do protesto.
A diretoria lembra que o magistério público e privado será negativamente afetado pela reforma da Previdência e demais reformas em curso na Câmara dos Deputados e que só serão barradas se a classe trabalhadora se unir e participar com coragem, unidade e força das mobilizações nacionais e locais.
Lembra também que a aprovação da reforma da Previdência estava prevista para o fim de março e só não foi votada porque trabalhadores/as de todo o país foram às ruas contra esse ataque ao direito à aposentadoria. Os/as professores/as têm sido protagonistas das grandes manifestações nacionais contra esse desmonte e, além de participarem das paralisações dos dias 8/3, 15/3 e 28/4, realizaram uma greve geral nacional que forçou os parlamentares a adiarem sucessivamente a votação.
Contudo, a ameaça continua. O relator da Comissão Especial da PEC 287/16 (reforma da Previdência) apresentou um substitutivo que piora ainda mais a situação desenhada no texto original. A votação em dois turnos no plenário da Casa está prevista para os dias 24 e 31 de maio. Sem a convicção dos 308 votos necessários para a aprovação da proposta, no entanto, o governo pode protelar a apreciação da matéria até o mês que vem. O desmonte do Estado brasileiro anda a passos rápidos dentro do Congresso Nacional e no Palácio do Planalto. Confira no final da nota o quadro com os vários motivos que justificam a paralisação total e o protesto do dia 24 de maio em Brasília.
Além da reforma da Previdência, outras reformas e emendas constitucionais que promovem o desmanche da Nação estão na fila para serem aprovadas e transformadas em lei, como a reforma trabalhista. Outras ainda, já foram aprovadas e sancionadas pelo presidente ilegítimo Michel Temer, como a MP do Ensino Médio, o PL da terceirização total, geral e irrestrita e a EC 95/16, que congelou por 20 anos o investimento do dinheiro público nos serviços públicos. Tudo isso para atender à sanha de lucro do sistema financeiro (bancos).
Quanto à reforma da Previdência, todos os estudos sobre o texto original e, principalmente sobre o substitutivo aprovado pela Comissão Especial da PEC Reforma da Previdência, demonstram que esta reforma é prejudicial ao povo brasileiro indistintamente. E, para atender aos anseios dos empresários ligados às empresas de previdência privada, o governo baseia seus argumentos em dados falsos e mentirosos. O substitutivo, que está agendado para ser votado no Plenário no dia 24, piora ainda mais a situação da classe trabalhadora tanto da iniciativa privada como do serviço público.
Programação – 24 de Maio
#OcupeBrasilia: Ato contra a reforma da Previdência
11h – Concentração (em frente ao Estádio Mané Garrincha)
14h – Marcha
16h30 – Ato público em frente ao Congresso Nacional
Confira, a seguir, os motivos para ser contra todas as reformas em curso: (material da Frente Brasil Popular)