Governador do Maranhão edita decreto contra o ‘Escola Sem Partido’

O ato assinado pelo mandatário diz: “Todos os professores, estudantes e funcionários são livres para expressar seu pensamentos e suas opiniões no ambiente escolar da rede estadual do Maranhão”.
Professores, estudantes ou funcionários “somente poderão ser gravados [..] mediante consentimento de quem será filmado ou gravado”. Em 29 de outubro, a deputada estadual eleita pelo PSL em Santa Catarina Ana Caroline Campagnolo pediu para alunos gravarem vídeos de professores que criticarem Bolsonaro.
“Muitos professores doutrinadores estarão inconformados e revoltados” e, logo, “farão da sala de aula uma audiência cativa para suas queixas político-partidárias em virtude da vitória do presidente Bolsonaro”, disse Campagnolo.
Eis a íntegra do decreto assinado por Flávio Dino:
O “Escola Sem Partido” está sendo discutido pela Câmara dos Deputados. A última sessão sobre o projeto, no entanto, foi adiada após clima tenso entre manifestantes a favor da proposta e contrários.
O projeto altera a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) para afastar a possibilidade de oferta de disciplinas com conteúdo de “gênero” ou “orientação sexual” em escolas de todo o país. Os apoiadores do texto criticam a “doutrinação política e sexual” no ambiente escolar.
As diretrizes estabelecidas também devem repercutir sobre os livros paradidáticos e didáticos, as avaliações para o ingresso no ensino superior, as provas para o ingresso na carreira docente e as instituições de ensino superior.
ELEIÇÕES 2018
Flávio Dino foi reeleito neste ano para o comando do Maranhão no 1º turno com mais de 59% dos votos válidos.
Advogado, Dino foi juiz federal antes de entrar para política, em 2006, quando se candidatou e foi eleito deputado federal. Ele foi presidente da Embratur de junho de 2011 a março de 2014. Nesse ano, decidiu ser candidato ao governo do Estado e se elegeu também em 1º turno.
Com informações do site Poder 360