Emílio Dalçóquio, ligado a Bolsonaro, e dono de 600 caminhões é um dos radicais do movimento dos caminhoneiros
Dalçóquio faz um discurso incendiário no sentido literal da palavra, autorizando a plateia a botar fogo nos caminhões da sua transportadora que estivessem circulando e furando a greve.
Hoje, líderes que negociaram a interrupção da greve dos caminhoneiros denunciaram que algumas lideranças estão fazendo uso político da mobilização dos caminhoneiros tanto para tentar ter vantagem eleitoral quanto para difundir ideias a favor da intervenção militar.
Os nomes desses personagens seriam entregues ao Cade e ao governo, segundo José Fonseca Lopes, da Associação Brasileira dos Caminhoneiros.
Um dos nomes que deveria estar entre eles é o de Emílio Dalçóquio que será apresentado neste texto ao leitor.
No dia 25 de maio, sábado, a Revista Piauí fez circular uma reportagem escrita pela jornalista Josette Goulart. Ela conseguiu acesso a alguns grupos de whatsapp de caminhoneiros e trouxe à tona bastidores da mobilização. Num dos trechos, a repórter escreve:
“Se por um lado não há sinal de movimentos sociais, por outro são fortes os indícios de apoio ao pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro e palavras de ordem de ‘Intervenção Já’. Citando a reivindicações econômicas da classe, Habacuque afirmou que a força do movimento está em ‘não ser político’. Ele mesmo, porém, já foi candidato a deputado federal em 2014, pelo PSL, o mesmo partido de Bolsonaro, e não esconde o apreço pelo pré-candidato. ‘Sabe que todo caminhoneiro vota no Bolsonaro, né?’, disse. ‘É porque o plano dele para nossa classe é claro. Ele vai nos valorizar e cuidar da segurança.’ E onde está esse plano? Segundo o líder do bloqueio em Barueri, o responsável por essa parte do programa de governo de Bolsonaro é o empresário Emílio Dalçóquio, dono de uma transportadora em Santa Catarina com frota de 600 caminhões, e que apoia publicamente o movimento e a candidatura do militar reformado. Procurado, o empresário não atendeu ao pedido de entrevistas até a publicação desta reportagem”.
Nele, ele afirma que não teve ditadura no Brasil, xinga os professores universitário de “comunistas de merda” e elogia o general Augusto Pinochet, condenado por genocídio, tortura, fuzilamentos e desaparecimentos de 3.197 pessoas.
https://youtu.be/H0UAWhR9_G0
Fonte: Revista Fórum/Blog do Rovai