Estudantes ocupam Colégio Estadual do Paraná

A onda de protestos contra o governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) aumenta a cada dia. Na noite desta quinta-feira (06) o Colégio Estadual do Paraná (CEP), o maior colégio público do estado, foi ocupado por estudantes contrários à reforma do ensino médio. Agora já são 30 escolas do estado tomadas por estudantes, que protestam contra projetos ditatoriais e prejudiciais do governo Temer. Além da reforma proposta para o ensino médio, a comunidade escolar é contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que atinge o coração dos investimentos e políticas que beneficiam toda a população, congelando os investimentos públicos em Saúde e Educação. A manobra representa o desmonte do Estado, já que abandona a Saúde, Educação e todos os demais projetos sociais sem dinheiro por 20 anos. A consequência imediata dessa PEC é o congelamento dos salários.
Em Curitiba, a ocupação também é uma forma de solidariedade aos professores que levaram mais um calote do governo Beto Richa e contra a corrupção no governo do PSDB (Operação Quadro Negro). O movimento de ocupação reforça a mobilização da greve geral dos educadores e funcionários públicos no estado. No próximo dia 17 de outubro, cerca de 200 mil servidores paralisarão as atividades contra Richa e Temer no Paraná.
“A reforma proposta pelo presidente Michel Temer deveria, no mínimo, ter sido discutida com a sociedade, e não imposta através de uma medida provisória. Pela proposta, disciplinas como artes, sociologia, filosofia e educação física seriam retiradas da grade curricular. Somos totalmente contrários”, comentou um dos estudantes que ocupou o Colégio Estadual do Paraná.
No Distrito Federal, um grupo de 15 alunos do Centro de Ensino Médio 414, em Samambaia, ocupou a escola em protesto contra este projeto do Governo Federal. As aulas foram interrompidas e a adesão começou a aumentar, já chegando a 50 alunos(as) acampados.
A escola foi surpreendida com esta mobilização, organizada exclusivamente pelos estudantes. Mesmo sem a participação dos(as) professores(as), os docentes apoiam o protesto, pois também estão preocupados com o que pode ocorrer se esta MP for aprovada no Congresso. “Em reunião com os professores, os alunos apresentaram as razões desta ocupação. Nós concordamos, porque essa MP, imposta de cima para baixo, sem consultar a comunidade escolar, sem debater com o professor, com os estudantes, com os pais e os servidores, é absurda. Consideramos nocivas para a educação a limitação da carga horária de algumas disciplinas, como sociologia, filosofia, artes e educação física. E discordamos veementemente da forma que esse projeto foi constituído, sem debate, sem diálogo. Falta transparência de como será o ensino médio se esse projeto for aprovado”, diz Fernando Espíndola, professor de geografia.