Em homenagem a Carlos Mota, Sinpro exibe documentário sobre a vida do docente dia 6 de maio

O documentário “Carlos Mota – entre arquivos e lembranças” será exibido pelo Sinpro, em atividade especial que homenageia o docente. A obra, produzida por Otávio Mota, filho de Carlos, resgata a trajetória do docente, assassinado aos 44 anos por combater o tráfico de drogas na escola em que atuava. A exibição será na sede do sindicato (SIG), às 19h. A entrada é gratuita e aberta ao público.

Além de Otávio Mota, participarão do evento outros familiares do professor, além de professores(as) e sindicalistas que atuaram junto com Carlos Mota na docência e na militância pela educação pública socialmente referenciada.

 

 

A obra

“Carlos Mota – entre arquivos e lembranças”, de 2025, tem 28 minutos e está disponível no Youtube. O documentário reúne reportagens, debates e depoimentos exclusivos de colegas, alunos e familiares de Carlos Mota, que foi diretor do Centro de Ensino Fundamental do Lago Oeste (CEFLO).

Uma das entrevistadas é a diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e amiga pessoal de Carlos Mota Rosilene Corrêa.  “Ele queria transformar o CEFLO na melhor escola rural da América Latina. Se tivessem deixado, ele teria feito”, diz a sindicalista em trecho do documentário.

Transformou a educação

Mota foi assassinado no dia 20 de junho de 2008, com um tiro, dentro de casa, na região do Lago Oeste. Segundo investigação policial, a morte foi motivada por vingança. Dias antes, o docente havia repreendido um traficante que vendia drogas e assediava alunos(as) da escola. O acusado do homicídio foi condenado a 20 anos de prisão.

Em décadas de atuação, o docente marcou a educação pública do DF. Ele acreditava que o processo ensino-aprendizagem não se limitava ao espaço da sala de aula, pelo contrário, abrangia todos os aspectos da vida dos estudantes.

Um ano após a morte de Carlos Mota, a Câmara Legislativa do DF concedeu o título de cidadão honorário de Brasília ao professor, e o Centro de Ensino Fundamental do Lago Oeste mudou de nome: passou a se chamar Centro de Ensino Fundamental Professor Carlos Mota. O educador também foi tema do primeiro Concurso de Redação do Sinpro, criado no ano de seu assassinato.