Votação do assassinato dos direitos trabalhistas é marcada por resistência dentro e fora do Senado

Esta terça (11), data prevista para votação definitiva da nefasta reforma trabalhista, foi marcada por intensa resistência dentro e fora do Congresso Nacional. No plenário do Senado Federal, senadoras da oposição tomaram a mesa do presidente da Casa e impediram o início da votação da reforma trabalhista. Já no gramado da Esplanada, trabalhadores de diversas categorias se uniram em grande marcha contra o assassinato dos direitos.
Ainda no início da manhã, a CUT Brasília e sua militância já se organizava para marchar rumo ao Congresso Nacional. O ato reuniu os vários segmentos dos movimentos sindical e social que, com faixas e cartazes, evidenciavam a indignação contra o governo golpista, sua base aliada e suas TEMERozas reformas.
Com muita criatividade, os manifestantes seguravam cruzes simbolizando a morte de cada direito ameaçado pela reforma trabalhista, enquanto professores encenavam a destruição da CLT.
Para a dirigente do Sinpro e da CUT Brasília, Rosilene Côrrea, a data evidenciou quais parlamentares estão do lado do povo. “O que nós esperamos é que haja compromisso daqueles que nos representam. É fundamental que garantam nossos direitos conquistados com muita luta e suor”, disse.
Enquanto isso, no plenário do Senado, a resistência continuava. Senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lídice da Mata (PSB-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Fátima Bezerra (PT-RN) e Regina Sousa (PT-PI) permaneciam ocupando a mesa da presidência para que não houvesse votação. Em represália, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), reagiu desligando os microfones e apagando as luzes.
Num segundo momento, houve a intenção de transferir a votação para o auditório Petrônio Portella, mas um grande número de trabalhadores que conseguiu acesso ao Senado bloqueou a entrada dos parlamentares.
O secretário de finanças da CUT Brasília, Julimar Roberto, destaca que é fundamental que se mantenha a resistência e convoca todos os trabalhadores para vigília em frente do Congresso Nacional.
“Precisamos estar unidos para barrar esse nefasto projeto. É essencial que os parlamentares vejam que aqui fora o povo também resiste. Só juntos, conseguiremos impedir esse retrocesso”, alertou.
Até o fechamento dessa matéria, os trabalhadores permanecem em frente ao Congresso. Dentro dele, a resistência dos parlamentares de oposição continua.
Fonte: CUT Brasília