Vigilantes dão prazo final para deflagrar da greve

Em assembleia geral realizada na noite dessa terça-feira (20), a categoria dos vigilantes resolveu, por unanimidade, conceder o prazo até a próxima quarta-feira (28) para que haja uma proposta satisfatória por parte do sindicato patronal. Caso contrário, será decretada greve geral no DF por período indeterminado.
“A categoria demonstrou que tem paciência, mas que essa paciência está se esgotando. Atendendo a um pedido do ministério público, suspendemos nossa paralisação até a próxima quarta-feira. Se até o dia 28, não houver uma negociação decente, os vigilantes entrarão em greve”, relatou o deputado Chico Vigilante (PT).
Durante a assembleia, os diretores do Sindesv-DF, sindicato que representa a categoria, fizeram um relato da audiência no Ministério Público do Trabalho. Eles informaram que o MPT propôs a intermediação no impasse com a realização de audiências individuais com cada sindicato (patronal e sindical) para a discussão das negociações. A próxima reunião será dia 26/2, às 10h.
“Vamos dar um voto de confiança para o Ministério Público”, disse o presidente do Sindesv-DF, Paulo Quadros.
Segundo o sindicalista, “todos os impasses para fechar a Convenção Coletiva da categoria se dão em consequência da reforma trabalhista”. “Eles estão querendo que o sindicalizado pague a mensalidade diretamente no sindicato, o que é um retrocesso de mais de 30 anos; não querem liberar dirigente sindical e várias outras questões impostas pela reforma trabalhista. Mas a gente não vai aceitar”, diz.
Além da segurança da manutenção de direitos históricos, os trabalhadores vigilantes do DF também reivindicam reajuste salarial de 3,1% nos salários e 6,8% no tíquete alimentação – que hoje é de R$ 34,11.