Vagner Freitas diz que luta dos professores é fundamental para o país

Educação de qualidade, inclusiva, universal, valorização dos professores/as, piso nacional já em todos os municípios. Essas são as prioridades dos mais de 700 professores/as do Estado do Mato Grosso do Sul, reunidos em Aparecida do Taboado até o dia 28 para discutir metas e estratégias de ação da luta por sua pauta de reivindicações.
Professores/as e funcionários/as, além de trabalhadores em Educação aposentados de mais de 70 municípios do Estado mato-grossense estão na cidade que fica na divisa com São Paulo participando da 6ª Conferência Estadual de Educação “Oziel Gabriel”, organizada pela Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS).
“A luta dos/as professores/as é fundamental para melhorar a qualidade do ensino e, consequentemente, contribuir para o desenvolvimento sustentável do Brasil”, destacou o presidente da CUT, Vagner Freitas, durante a abertura oficial do evento na noite da quinta- feira (26).
Para o dirigente é preciso lutar para derrubar um clichê muito comum durante as eleições quando os candidatos prometem investir em educação, mas depois de eleitos preferem construir estradas e pontes. “Isso dá mais votos”, justificou.
Segundo Vagner, com pressão, mobilização e organização, os trabalhadores em educação podem acabar de uma vez por todas com esse discurso fácil. “É preciso exigir que o discurso saia do papel”.
O presidente da CUT-MS, Genilson Duarte, lembrou que a luta é mais dura em um Estado autoritário como o Mato Grosso do Sul, mas a determinação e garra da categoria vai garantir conquistas.
Roberto Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, concordou com os dirigentes que o antecederam nos discursos e complementou: a luta que está sendo travada no momento precisa da energia, força e determinação dos trabalhadores da educação em todo o País.
“Vocês são fundamentais na luta. Conseguimos aprovar a Lei dos Royalties, mas essa Lei precisa ser regulamentada. É importante que todos os sindicatos de educaçào do Brasil iniciem já uma discussão com prefeitos e governadores para que os recursos sejam investidos na educação e na saúde de qualidade”,
Leão ressaltou também que é necessário discutir educação inclusiva para toda a população e, para isso, é preciso levar a discussão sobre política para as salas de aula. O dirigente se referiu mais especificamente a questões que envolvem os negros e os indígenas. “O país precisa fazer justiça a esses povos”, argumentou.
O presidente da CNTE estava se referindo, entre outras coisas, a um dos homenageados pela Conferência, o indígena Oziel Gabriel, estudante universitário, assassinado durante um conflito de terras. Oziel morreu no mês de maio durante uma ação de reintegração de posse na fazenda Buriti, no município de Sidrolândia. A homenagem faz referência a luta histórica da FETEMS pelo fim da impunidade no campo, por reforma agrária e homologação das terras indígenas.