Trabalhadores em educação protestam contra retirada de direitos

Nesta sexta-feira (28), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e suas 50 entidades filiadas mobilizaram atos e manifestações em cidades e municípios de todo o país. Assim como trabalhadores de diversas categorias, os cidadãos paralisaram suas atividades e foram às ruas em protesto contra um governo que retira direitos e conquistas sociais que vigoram há mais de 70 anos no país.
As razões dessa Greve Geral são a Reforma Trabalhista, aprovada no último dia 26 de abril, que destrói conquistas de proteção social do trabalhador que vigoram no país desde o ano de 1943; a Reforma da Previdência, um dos principais motes dessa mobilização, que pretende jogar a aposentadoria do povo brasileiro nas mãos do setor privado de seguridade social, beneficiando bancos e grandes fundos de pensão, destruindo a Previdência Pública brasileira que vigora há mais de 40 anos; e as privatizações que entregam, dia após dia, as maiores riquezas nacionais do país, como o petróleo, favorecendo grupos econômicos mundiais.
“As políticas públicas aplicadas no Brasil nos últimos 13 anos estão sendo desmontadas por este governo. A EC 95/2016 altera completamente as nossas conquistas com a EC 59/2009. As mudanças no Ensino Médio, a aprovação da terceirização irrestrita e as tentativas de aprovar mudanças nas regras da Previdência e dos direitos trabalhistas são terríveis para o povo brasileiro. Por isso, estamos reagindo forte. Muitas já foram as ações desenvolvidas pelas entidades filiadas à CNTE. Hoje, a educação ajudou a parar o Brasil”, justificou o presidente da CNTE, Heleno Araújo.
A Greve Geral é resultado de um chamamento unificado de todas as centrais sindicais de trabalhadores, inclusive das que apoiaram o afastamento da presidenta Dilma Rousseff em 2016. A data marca o aniversário de cem anos da primeira greve realizada no Brasil, em 1917.
Heleno Araújo classifica a Greve Geral desta sexta-feira como forte e significativa. “É uma clara demonstração do posicionamento contrário da população brasileira às medidas aprovadas e as que tramitam no Congresso Nacional. Os trabalhadores e as trabalhadoras da educação pública básica do Brasil estão cumprido seu papel nesta guerra em defesa dos direitos e da vida com dignidade do povo brasileiro”, concluiu o presidente da CNTE, que participou de manifestação em Cuiabá (MT).
Saiba o que aconteceu nos estados e nas cidades de todo o país nesta sexta-feira
Alagoas
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinte/AL) reuniu trabalhadores, às 15h, na Praça Centenário, no bairro do Farol, e, posteriormente, saíram em passeata até o centro da cidade, em uma marcha simbólica de luta, protesto e resistência, que foi encerrada com apresentações artísticas e culturais na tradicional Praça dos Martírios.
Amazonas
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (SINTEAM/AM) mobilizou ato público, às 15h, na praça Heliodoro Balbi. O Sinteam também organizou piquetes em escolas e mobilizou colegas nas atividades da greve durante todo o dia.
Bahia
Atendendo ao chamado das centrais sindicais, diversos trabalhadores participaram de ato de protesto contra as reformas trabalhista, da Previdência e terceirização do governo Michel Temer, em Lauro de Freitas (Região Metropolitana de Salvador). As categorias fecharam as duas pistas da Estrada do Coco, na altura do Portal da Cidade.
A luta unificada é organizada pelo Asprolf (Sindicato dos Trabalhadores Municipais da Educação de Lauro de Freitas), Sindicato dos Comerciários de Lauro de Freitas, ASSEPMULF – Associação dos Servidores Públicos Municipais de Lauro de Freitas, ASGAULF – Associação dos Guardas Municipais de Lauro de Freitas, SindAéreo, SindSaúde, CTB, CUT, entre outras.
O Sindicato dos Servidores em Educação no Município de Campo Formoso (Sise/BA) organizou ato público com passeata nas principais ruas da cidade e uma concentração na Praça Herculano Menezes para exposição dos pontos principais da greve para a sociedade.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de Correntina (SINDTEC/BA) organizou concentração nos intermédios da Pousada dos Sonhos e Hotel Corrente, às 7h, e de lá seguiram pelas ruas da cidade.
Goiás
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego/GO) organizou grande ato, às 8h, com concentração em frente à Assembleia Legislativa seguida de caminhada pelas principais avenidas do centro de Goiânia, que encerrou na Praça do Bandeirante. Além de Goiânia, diversas cidades do interior aderiram ao Ato. As regionais do Sintego também fizeram manifestações em cidades como Niquelândia, São Luiz dos Montes Belos, Jataí, Barra do Garças, Pontal do Araguaia, Crixás, Minaçu, Palmeiras de Goiás, Formosa e São Miguel do Araguaia.
Maranhão
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipais do Estado do Maranhão (SINPROESEMMA/MA) promoveu grande ato público da educação com concentração, às 5h, em frente à sede Náutica da Apruma, próximo à ponte do Bacanga. Houve também participação das centrais sindicais e sindicatos ligados à educação, além de atos de outras categorias em diversos pontos de São Luís. No da 1º de maio, haverá grande ato público com todas as centrais sindicais e sindicatos filiados.
Minas Gerais
No estado, houve concentração, às 9h, na Praça da Estação, e os trabalhadores saíram, por volta das 11h, em direção à Praça Sete para um grande ato. No dia 1° de maio, também haverá ato na Praça da Cemig, em Contagem, para levar as pautas de reivindicação à Missa do Trabalhador. Depois, as centrais sindicais se reunirão para construir as próximas ações contra a pauta golpista do atual governo.
Mato Grosso
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep/MT) mobilizou a categoria com ato unificado com sindicatos e centrais sindicais, na capital, às 15h, na Praça Ipiranga.
A subsede do Sintep de Primavera do Leste realizou ato público a partir das 7h15 na pista de caminhada do município. A concentração foi seguida por uma marcha no bairro Centro.
Mato Grosso do Sul
A Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS) realizou grande ato público nas ruas de Campo Grande, com concentração às 8h, na Praça Ary Coelho. À tarde, foi feita a audiência pública “Não às Reformas”, na Assembleia Legislativa, que teve como palestrante o representante da CUT Nacional, Ariovaldo Camargo, o procurador do Ministério do Trabalhado de Mato Grosso do Sul, Paulo Douglas, e a representante do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário, Elenice Hass de Oliveira.
Piauí
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (SINTE/PI) organizou concentração, às 9h, na Praça Rio Branco, Centro de Teresina, juntamente com outras categorias, centrais sindicais e movimentos sociais. Depois de ato público na Praça Rio Branco, trabalhadores percorreram as principais ruas do centro de Teresina em grande caminhada.
Paraná
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP/PR) mobilizou concentração, às 9h, no Centro Cívico, em Curitiba, seguida de caminhada com ato em frente à FIEP (Federação das Indústrias do estado do Paraná) até a boca Maldita. Também foram realizados atos em diversas cidades do interior.
Rio Grande do Norte
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (SINTE/RN) mobilizou concentração em frente ao shopping Midway, Lagoa Nova, em Natal, às 15h.
Rondônia
Em Porto Velho, a concentração foi feita às 8h na Praça das Três Caixas D’Água, de onde os trabalhadores saíram em passeata. No interior do estado, foram realizados atos públicos e atividades de protesto em várias localidades.
Rio Grande do Sul
O Sindicato dos Professores Municipais de Canoas (SINPROCAN/RS ) realizou paralisação com concentração na Praça do Avião e, após, caminhada pelas ruas centrais e término com abraço ao prédio responsável pela Previdência.
Sergipe
O Sindicato dos Profissionais de Ensino do Município de Aracaju (SINDIPEMA/SE) mobilizou a categoria com ato na praça General Valadão, às 14h, no centro de Aracaju.
São Paulo
As subsedes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP/SP) da capital e da Grande São Paulo organizaram ações no período da manhã e, à tarde, engrossaram ato público, às 17h, no Largo da Batata, seguido de passeata até a residência do presidente Michel Temer.
Subsedes e atividades:
São Miguel – 10h – Ato na Praça do Forró
Lapa – 5h – Ato/ panfletagem Estação de Trem da Água Branca
Cotia – 8h – Ato em frente à Prefeitura
Itapevi – 10h – Ato no Centro de Itapevi
Mauá – 9h – Passeata a partir da Praça da Bíblia
Suzano – 10h – Ato com passeata na Praça dos Expedicionários
Araraquara – 8h – Panfletagem, ato, caminhada Praça Santa Cruz
Assis – 8h30 – Passeata saindo da Praça da Catedral
Campinas – 10h – Ato público no centro da cidade
Jaú – 8h – Ato e Panfletagem no Terminal Rodoviário
Jundiaí – 11h – Ato Público no Centro
Limeira – 9h – Passeata com ato na Praça Toledo de Barros
Penápolis – 10h – Ato na Praça Carlos Sampaio
Pereira Barreto – 8h30 – Ato na Casa de Cultura
Piracicaba – 11h – Ato com passeata na Praça José Bonifácio
Ribeirão Preto – 17h – Ato em frente à Rodoviária Central
São José dos Campos – 10h – Ato na Praça Afonso Pena
Tocantins
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (SINTET/TO) promoveu, às 8h30, concentração na Avenida JK, próximo ao Colégio São Francisco, seguida de panfletagem e caminhada até a rotatória do Banco Bradesco. Às 16h, houve concentração próxima à passarela em Taquaralto com panfletagem na Avenida Tocantins, em Taquaralto, Região Sul de Palmas.
Gurupi
16h – Concentração na Praça Santo Antonio
17h – Caminhada na Av. Goiás até o Parque Mutuca
Araguaína
7h- Concentração na UFT (Movimento estudantil da UFT e IFTO e movimentos sociais) e carreata até o SINTET Regional de Araguaína.
7h- Café da manhã com trabalhadores/as da Educação, chegada dos movimentos estudantil e sociais ao SINTET e caminhada com ato público e panfletagem pela Av. Cônego João Lima até a Praça Dom Orione
Porto Nacional
8h- Concentração e ato público na Praça do Centenário