Trabalhadores da embaixada da Holanda marcam início de greve para dia 1º

Em estado de greve desde o dia 21 de agosto, os trabalhadores da embaixada dos Países Baixos (usualmente chamados de Holanda) decretaram indicativo de greve para o próximo dia 1º de dezembro. A decisão de parar por tempo indeterminado foi tomada em assembleia realizada nessa quarta-feira (19) devido à irredutividade da embaixada  em negociar as reivindicações dos funcionários.
Segundo informações do presidente do Sindnações, sindicato que representa a categoria, Raimundo Luis de Oliveira, “os funcionários vão parar porque não aceitam mais desculpas da embaixada; são quase dois anos sem nenhum avanço positivo nas negociações; não aceitaremos mais esse descaso”.
Na última reunião de negociação no dia (13) entre Sindnações e a representação holandesa, o embaixador Han Peters informou que o governo daquele país mais uma vez se negou a atender qualquer pedido de reajuste salarial ou cláusulas secundárias do Acordo Coletivo de Trabalho-ACT, como auxílio-alimentação de R$ 500 e auxílio-educação para os filhos dos funcionários.
O embaixador Han Peters já havia afirmado anteriormente ser quase impossível reajustar o salário da categoria (principal reivindicação da categoria) porque, segundo ele, a embaixada é regida conforme legislação holandesa. Portanto, a única forma de reajustar o salário dos trabalhadores seria se o Grupo de Marcadores-GM se mobilizasse e reajustasse o salário dos trabalhadores das outras embaixadas pertencentes ao GM.
Grupo de Marcadores
Grupo de Marcadores é um conjunto de embaixadas. A da Holanda está coligada à dos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Canadá e União Europeia. A estratégia do grupo consiste em reajustar o salário dos trabalhadores com base na média de reajuste das outras embaixadas de seu grupo.
Para os trabalhadores da embaixada da Holanda, o método GM, além de não ser transparente, não funciona, pois uma embaixada fica esperando pela outra para reajustar os salários da categoria, o que acaba demorando e deixando as remunerações defasadas e corroídas pela inflação por longo tempo.
Secretaria de Comunicação da CUT Brasília