Temer ataca direito de greve

Como se não bastasse, surge mais uma TEMERosa atrocidade do governo ilegítimo de Michel Temer em afronta aos trabalhadores e trabalhadoras da nação. Nesta segunda (3), o presidente golpista anunciou que enviará ao Congresso Nacional um projeto de lei para regulamentar um dos mais importantes instrumentos de luta da classe operária no Brasil: o direito a greve.
Aproveitando-se da sensibilização coletiva causada com a paralisação da polícia militar no Espírito Santo, Temer espera contar com o apoio da mídia e da opinião pública para cometer mais esse ataque à Carta Magna brasileira.
Rodrigo Britto, presidente da CUT Brasília, destaca que a greve é um direito político, que inclusive exerceu um papel importante no processo de redemocratização do país após a queda do Regime Militar e chama à atenção ao prejuízo da medida. “Um projeto que tente normatizar a greve é altamente lesivo à classe trabalhadora e anula o direito constitucional de utilizá-la como instrumento de luta por melhores condições de trabalho e de vida”, explica o dirigente.
O teor do projeto ainda não é conhecido, mas, segundo Britto, não há como ser otimista. “Estamos frente a um governo usurpador e um congresso tradicionalista, portanto todos os ataques são certeiros. Num momento em que se decide o futuro do país dentro de gabinetes e salas pouco representativas, a greve é um dos únicos instrumentos legítimos de posicionamento político do cidadão, daí o interesse de marginalizá-la”.
O direito de greve é assegurado a todo trabalhador brasileiro através da Constituição Federal, em seu artigo 9º, e pela Lei nº 7.783/89, para que faça uso em sua defesa. “Ir contra esse direito é punir os trabalhadores e, em consequência, os sindicatos”, finaliza o presidente CUTista.