Sinpro-DF pleiteia inclusão da categoria entre os prioritários para vacinação contra a gripe

O Sinpro-DF reivindicou, no início de abril, a inclusão da categoria docente como grupo prioritário para vacinação contra a influenza (gripe). É a quarta vez que a diretoria do sindicato, por intermédio da Secretaria de Saúde do Trabalhador, pleiteia essa inclusão perante as instituições governamentais distritais e federais.
As cartas com o pedido foram enviadas pela Secretaria de Saúde do Trabalhador do sindicato, na primeira semana de abril, a várias instituições Governo do Distrito Federal (GDF) e ao Ministério da Saúde.
No GDF, o documento foi entregue à diretora de Epidemiologia em Saúde do Servidor, na Subsecretaria de Saúde da Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão do Governo do Distrito Federal (Seplag-DF); ao subsecretário de Vigilância Sanitária do DF; à diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde do DF; e, no Ministério da Saúde, à coordenadora geral do Programa Nacional de Imunizações.
Desde 2009, quando houve um surto epidemiológico da influenza H1N1 no mundo, e no Distrito Federal, o Sinpro-DF tem alertado o GDF da necessidade de incluir os(as) trabalhadores(as) da rede pública de ensino entre os grupos prioritários para vacinação e sempre lhe foi recusado.
“O governo sempre alega que a categoria não é do grupo de risco e que boa parte dela já é contemplada com a vacina em razão do fato de ter um percentual grande de pessoas portadoras de doenças crônicas, de idosos(as) e de crianças em creche. O governo considera essas alegações como argumentos técnicos para manter a nossa categoria de fora dos grupos prioritários, porém, todo ano enviamos o pedido. Importante lembrar que esse pleito faz parte da pauta de reivindicações”, informa a diretora do Sinpro, Gilza Lúcia.
Histórico
O vírus da influenza apresenta alta taxa de transmissão e se alastra rapidamente em ambientes fechados e com concentração de pessoas, como é o caso das salas de aulas das 657 escolas públicas do DF, as quais recebem, hoje, 471 mil estudantes e mais de 30 mil professores(as).
Importante lembrar que, em 2009, quando o país viveu o surto da influenza H1N1, o Sinpro-DF reivindicou a inclusão da categoria entre os grupos prioritários para vacinação para evitar contágios e prevenir tragédias.
A influenza H1N1 começou a circular com taxas de mortalidade elevada a partir de 2009, quando teve uma epidemia mundial da gripe e não havia vacina para essa cepa do vírus (H1N1). Nesse mesmo ano, quando o vírus chegou no Brasil, a diretoria do Sinpro-DF pediu e o GDF concedeu a ampliação do recesso escolar para que as escolas se organizassem na adoção de procedimentos que visassem a evitar contágios quando os(as) estudantes retornassem das férias.
Contudo, quando as aulas retornaram, o DF teve os primeiros desdobramentos violentos do vírus com as mulheres grávidas. Imediatamente, o Sinpro-DF pediu à Secretaria de Educação que afastasse todas as professoras grávidas da regência de classe para diminuir a possibilidade de contágio. Mas, na época, as então subsecretárias de Saúde, Disney Antazana, e Adjunta de Educação, Eunice Santos, recusaram o pedido e alegaram argumentos técnicos, como a comprovação científica de que as escolas são ambiente de risco para negarem o pedido.
Uma semana após o pedido do sindicato, a epidemia H1N1 se agravou e a SEEDF afastou as professores efetivas e do contrato temporário grávidas. Ou seja, o Sinpro-DF estava certo em pedir o afastamento. Após esse episódio, na primeira leva de vacinação contra a gripe que ocorreu no país, o Sinpro-DF solicitou à Secretaria de Saúde a inclusão da categoria entre os grupos prioritários, mas o pedido não foi atendido e até hoje tem sido negado.
No terceiro ano de aplicação da vacina, o Ministério da Saúde ampliou os grupos prioritários e, novamente, o Sinpro-DF reivindicou a inclusão da categoria. Novamente recebeu uma negativa do governo.  A diretoria colegiada do sindicato continua insistindo na inclusão dos professores e professoras entre os grupos prioritários de vacinação por entende que o perfil  do atendimento que a educação faz requer esse cuidado: salas de aulas cheias, mal ventiladas e cheias de gente.