Sinpro-DF cobra punição para estuprador de médica cubana em Pernambuco

A dois dias de a Lei Maria da Penha completar 10 anos e a menos de dois meses após um estupro de uma adolescente, no Rio de Janeiro, por 33 homens, o país é novamente surpreendido e aterrorizado por mais um crime contra a mulher, um ataque de misoginia e de machismo que espalha o terror do estupro em todo lugar. Não se respeitam nada nem ninguém.
Recebemos com o sentimento de revolta a notícia de que uma médica cubana, integrante do Programa Mais Médicos, foi estuprada, na semana passada, dentro do posto de saúde em que atuava.
De acordo com a imprensa, a polícia pernambucana investiga o estupro que ocorreu, segundo dados da polícia pernambucana, dentro de um consultório do Posto de Saúde de Capoeiras, no Agreste de Pernambuco. Ainda conforme informações da imprensa, a prefeita do município, Neide Reino (PSB), contou que um assaltante teria invadido a unidade médica e cometido o crime. O caso divulgado na quarta-feira (3/8) ocorreu na segunda (1º/8).
A Assessoria de Imprensa do Ministério da Saúde (MS) enviou uma nota para a Secretaria de Imprensa do Sinpro-DF informando que “o Ministério da Saúde lamenta o ocorrido e que já está acompanhando o caso. A referência estadual e a supervisora do Programa Mais Médicos estão no município prestando todo o suporte necessário à profissional.”
A nota indica que a “médica está recebendo total apoio da gestão municipal, realizou o Boletim de Ocorrência e teve assistência no SUS dentro do protocolo de Prevenção e Tratamento dos Agravos resultantes da violência sexual contra as mulheres: profilaxia e testes rápidos para a triagem e/ou o diagnóstico de HIV e Hepatites”.
Dá conta também de que a médica “manifestou interesse em sair do município, o que deve acontecer até o fim da semana e que o processo de remanejamento da médica já foi iniciado, bem como os trâmites administrativos para a substituição dos profissionais pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), conforme prevê o acordo firmado com a entidade, e a fim de assegurar a assistência no município”.
A diretoria colegiada do Sinpro-DF, por intermédio da Secretaria para Assuntos e Políticas para Mulheres Educadoras, manifesta seu total repúdio à cultura do estupro que está, a cada dia, se naturalizando no país. Não é possível o país continuar a conviver com essa barbárie contra as mulheres. É preciso que os poderes públicos municipal e estadual de Pernambuco deem exemplo e tomem as providências cabíveis para punir o criminoso.