Sinpro acompanha professora e comunidade escolar do GAN

GANNa última terça-feira, 15 de julho de 2014, a professora Katia Cristina Aires, do CEF GAN – Ginásio da Asa Norte, teve um acidente ao apartar a briga que envolveu um estudante com autismo. Este fato causou uma lesão na quarta vértebra e a professora precisará se submeter a uma cirurgia.

O estudante de vinte anos, que está em classe especial há sete, tem como um dos poucos momentos de socialização a hora do intervalo, com demais estudantes que não tem a mesma idade, e nem sempre compreendem suas necessidades.
O Sinpro está acompanhando a situação, dando atenção aos cuidados com a saúde da professora, juridicamente e politicamente, tanto para os encaminhamentos necessários aos direitos da profissional, quanto para a proteção do aluno. A diretora do sindicato Maria José Barreto (Zezé) compareceu à escola e conversou com professoras e professores do GAN, para tomada de decisões junto à comunidade escolar.
“A escola está muito triste com esse acontecimento, e declara o tempo todo apoio à professora Kátia Cristina, que atua como coordenadora pedagógica. A direção da escola também afirma que a família do estudante está abalada, pois tem gratidão e carinho à profissional que tanto dedica atenção ao seu filho”, relata Zezé Barreto.
A diretoria colegiada do Sinpro reafirma seu compromisso e luta para uma educação pública de qualidade, inclusiva e emancipadora, sempre fomentando uma educação especial que legitime os direitos da categoria e de seus estudantes, nas pautas de reivindicações, nos encontros, seminários e congressos, nas mobilizações e no fortalecimento de um atuante coletivo.
“O coletivo de educação especial do Sinpro questiona esse formato que somente apresenta números, e exige acessibilidade e todas as condições necessárias para uma inclusão que legitime o desenvolvimento de todas e todos a partir da escola”, afirma Neliane Cunha, diretora do Sinpro.
Com relação às classes especiais e bandeiras da educação especial e inclusiva, destaca: “Classes especiais foram criadas para serem temporárias, como uma transição nas escolas regulares para as classes inclusivas. Elas precisam existir, mas está havendo uma banalização dessas classes na rede pública do DF. Esse quadro precisa mudar para que a inclusão aconteça de fato e direito. Por isso defendemos a inclusão com acessibilidade e numa educação que atenda novos paradigmas, além da manutenção, ampliação e ressignificação dos Centros de Ensino Especial. Por isso participamos dos movimentos em defesa dos direitos das pessoas com deficiências, transtornos, superdotação e altas habilidades.”