Sindicato CUTista pauta a importância e os desafios da mulher no contexto político social

Nesta terça-feira (25), dia que começa a campanha “16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, o Sintfub, que representa os servidores técnico-administrativos da UnB, realizou o I Encontro de Mulheres Trabalhadoras da UnB – A importância da mulher no contexto político social e os enfrentamentos políticos.
“O debate sobre a mulher na sociedade, seus desafios na vida social e política, é sempre importante. Costumo dizer que, mesmo se estivermos em uma atividade com apenas uma mulher, este debate deve ser feito. É a partir daí, da formação das mulheres, que poderemos avançar em um mundo mais justo, onde possamos ser livres e ocuparmos os espaços que quisermos”, disse a secretária de Mulheres da CUT Brasília, Graça Souza, que participou da mesa de abertura do Encontro.
A deputada federal Érika Kokay (PT-DF) também participou da atividade. Para ela, as mulheres adentraram o espaço público da sociedade, mas as tarefas domésticas continuam sendo praticamente exclusivas da mulher. “O índice de mulheres responsável pelas tarefas de casa é de 70% no Distrito Federal”, mostra em números a parlamentar.
Érika Kokay também lembrou que o número de mulheres que ocupam cadeiras no Congresso Nacional aumentou de 45 para 51. Entretanto, diz ela, “um aumento de uma forma conservadora”. “São mulheres que dizem que não podem ter os mesmos direitos dos homens para que não se perca a família”, conta a deputada.
Para o coordenador-geral do Sintfub e secretário de Saúde do Trabalhador da CUT Brasília, Mauro Mendes, para que a mulher avance ainda mais nos espaços políticos, com formação e direitos e oportunidades iguais aos dos homens, “é preciso mudar o conceito de que a mulher é a grande responsável pelas tarefas domésticas”. Segundo ele, a mudança desse contexto, constituído histórica e culturalmente, virá através do debate, como foi a proposta do I Encontro de Mulheres Trabalhadoras da UnB, e da disposição de luta de quem almeja um mundo equânime entre os seres humanos.
A campanha
A campanha “16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” existe desde 1991, por iniciativa do Centro de Liderança Global de Mulheres. No Brasil, é realizada desde 2003 por meio de ações de mobilização, debates e eventos. A campanha termina no dia 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos.