CNTE convoca greve nacional para os dias 17, 18 e 19 de março

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) aprovou, durante seu 32º Congresso Nacional, ocorrido em Brasília entre os dias 16 e 19, um calendário de mobilizações em defesa da Educação pública e de qualidade no País, com destaque para uma greve nacional marcada para 17, 18 e 19 de março.
Entre as pautas defendidas pela categoria, o presidente da CNTE, Roberto Leão, destaca a destinação de 10% do PIB para Educação Pública, o investimento de 100% dos royalties do petróleo na área, a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), as diretrizes nacionais para Plano de Carreira da categoria e o reajuste do piso salarial em 15%. O governo propôs aumento de 8,32%.
“A proposta de 8,32% de reajuste no piso salarial foi contabilizada com base em um repasse de R$ 111 bilhões ao Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação]. No entanto, basta vermos os dados do Tesouro Nacional para perceber que o repasse para estados e municípios foi, na verdade, de R$ 117 bilhões. Com esse valor, o reajuste ficaria entre 13 e 15%”, afirma o presidente. E lutaremos por esse reajuste”.
Representantes da ditadura não podem ter seus nomes em escolas
Em 2014, quando completam 50 anos do golpe que instaurou o período da Ditadura Militar no Brasil, a categoria terá também uma campanha permanente pela troca dos nomes de escolas ou unidades de educação que tenham nomes de agentes de ditadura, inclusive os presidentes. A ação é parte do plano de Lutas de 2014 aprovada em Congresso. “Não podemos homenagear aqueles que trouxeram um período terrível para a história do país. Pediremos a troca dos nomes de agentes da ditadura e faremos também cartazes com os profissionais da Educação perseguidos pelo regime ditatorial”, ressalta Leão.
Eleição para a gestão 2014-2017
Também durante o 32º Congresso, a chapa “Educar para Transformar” foi eleita para a gestão de 2014 a 2017. A nova diretoria tem 31 integrantes e é formada pela Articulação Sindical, CTB, CSD, AE, MS e OT. Roberto Leão, da Apeoesp, foi reencaminhado ao posto de presidente da Confederação.

Escrito por: Henri Chevalier – CUT Nacional

 
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