Servidores e terceirizados dizem não às OSs na saúde e educação

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Debate convocado pelo deputado distrital Chico Vigilante e representantes dos sindicatos de servidores e trabalhadores terceirizados, realizado nesta quinta-feira (18) na Câmara Legislativa do DF, mostrou mais uma vez que é danosa para a população a insistência do governo em inserir as Organização Sociais (OSs) para gerir a saúde e também a educação pública.
O intuito do debate era deixar claro para o cidadão que precisa do SUS e da rede pública de ensino os riscos que estão correndo. A política adotada pelo GDF quer transferir o serviço de saúde pública para Organizações Sociais (OSs), terceirizando a gestão e abrindo caminho para a privatização do serviço público de saúde e educação.
A mesa de debate foi composta por Chico Vigilante, Maria Isabel Caetano, presidente do Sindiserviços; Daisy Amarillio, presidente do Sindicato dos Enfermeiros, e Júlio Barros, diretor do Sinpro. Foram todos unânimes: privatizar é sinônimo de má gestão.
O projeto de lei nº 1186/2016, do Executivo que pretende privatizar a saúde foi discutido e amplamente rejeitado por todos os presentes ao debate. O secretário geral do sindicato dos enfermeiros Jorge Henrique destacou que não só a população sairá prejudicada, mas os trabalhadores da saúde também sofrerão com seus salários rebaixados e condições de trabalho precarizadas.
Para a representante do Sindicato dos Professores (Sinpro) e vice-presidente da CUT Brasília, Meg Guimarães, nessa conjuntura muito difícil para a classe trabalhadora, é de extrema importância colocar esse assunto em discussão e alertar a população. “Viemos aqui para dizer não as OSs e dizer que não aceitamos nenhum tipo de ataque à educação e à saúde públicas”, afirmou Meg.
Para a presidente do Sindicato dos Enfermeiros, a saúde no DF não está pior porque existem servidores. “Eles estão lá todos os dias, segurando as pontas mesmo quando não têm nada o que fazer. Por isso estamos aqui dizendo não às OSs e chamando a população para se esclarecer e combater essa proposta”, declarou Daisy Amarillio.
Também foram chamados para o debate representantes da Secretaria de Saúde e da Casa Civil que representariam o GDF, mas até o fim da sessão nenhum deles compareceu. O que prova mais uma vez que o governo não está disposto a discutir e entender que OSs na saúde e educação são inaceitáveis.
“Do nosso ponto de vista, OS é a destruição do Sistema Único de Saúde. Então não podemos em hipótese alguma aceitar o que está sendo feito pelo GDF. Por isso reunimos a sociedade e os sindicatos para que se tenha um discurso único de não às OSs”, finalizou o deputado Chico Vigilante.
Fonte: CUT Brasília