Servidores e professores da UnB fazem ato em frente ao MEC

Professores(as), estudantes e servidores da Universidade de Brasília (UnB) realizam um ato público nesta terça-feira (10) contra a crise financeira enfrentada pela universidade. A UnB, a exemplo de outras universidades públicas do Brasil, passa por uma série de problemas, que passam pelo corte de terceirizados, mudança nos contratos de estagiários, além de ter um déficit orçamentário em torno de R$ 92,3 milhões.
Com o objetivo de abordar a situação financeira que passa a universidade e solicitar uma providência por parte do Ministério da Educação, o grupo requereu uma reunião com o ministro da Educação, mas até o momento não foi atendido. No início da tarde a Polícia Militar efetuou disparos de bombas de gás na direção dos manifestantes sem que houvesse a menor necessidade de violência por parte dos policiais. Professores e estudantes passaram mal e tiveram que ser retirados do local.
Segundo a decana de Extensão da UnB, Olgamir Amância, “a realidade da universidade é uma realidade que várias outras universidades passam, e isto tende a inviabilizar alguns fatores importantes. Pode comprometer o compromisso social da UnB, porque além de fazer nossas tarefas internas, temos uma relação com a sociedade. À medida que a universidade é ameaçada e impedida de afazer aquilo que é a sua essência, perdemos todos nós”, salienta.
De acordo com o relatório divulgado pela reitora da Universidade de Brasília, Márcia Abrahão, caso não haja uma mudança na situação financeira da UnB, a partir de agosto o fornecimento de água, luz e o serviço de segurança no Campus ficará comprometido, com risco até mesmo de paralisação das atividades. “O que estamos vendo faz parte de uma política nacional de sucateamento das universidades públicas e poderá, a partir do segundo semestre, implicar na paralisação das atividades”, explica Edileuza Fernandes da Silva, professora da Faculdade de Educação da UnB.
Um dos pontos que agrava a situação financeira da UnB é a falta de repasse dos recursos financeiros por parte do MEC, que já deveriam ter sido repassados.
Os problemas existentes hoje na Universidade de Brasília podem criar dificuldades para a formação continuada dos(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais, o que é um ponto de preocupação para a categoria.