Saúde e assédio moral são debatidos em seminário do Sinpro para educadores

Teve início na manhã desta sexta-feira (21), no auditório da Escola Parque da 308 Sul, o Seminário de Saúde com os temas: Saúde do Trabalhador, Assédio Moral e Legislação, promovido pelo Sindicato dos Professores. O evento contou com a presença de mais de 200 educadores.

Sob a coordenação dos(as) diretores(as) do Sinpro, Manoel Alves da Silva, Maria José (Zezé) Correia e Gilza Camilo, titulares da Secretaria de Saúde do Trabalhador, a programação do seminário começou com a palestra da médica endocrinologista Aline Saraiva de Paula, especialista em Clínica Médica e em Psicodinâmica do Trabalho.

Em sua explanação, a médica descreveu uma infinidade de doenças que atualmente afetam os educadores. Entre as mais corriqueiras, ela citou a insônia, depressão, fadiga e síndrome do pânico. Aline Saraiva, em razão da falta de dados concretos que orientem as políticas públicas de saúde ocupacional, sugere a criação de uma portal de transparência sobre as doenças que acometem os educadores.

Na sequência da programação, a professora e antropóloga social Thaísa Coelho Tiba abordou a questão do assédio moral: a violência invisível nas escolas públicas do DF. Ela explicou ao mais variados tipos de assédio e os comportamentos das assediadores e de suas vítimas. Segundo a professora, o assédio é, atualmente, responsável por grande parte dos problemas de saúde que afetam os educadores.

Os debates, que vieram a seguir, foram em tom de desabafos. Professores(as) e pedagogos(as)-orientadores(as) educacionais narraram os dessabores em suas vidas profissionais. As principais reclamações são sobre a falta de apoio ou canais para resolverem os problemas de assédio e, sobretudo, a falta de punição para os assediadores, embora haja lei no DF que estipule penas para o crime de assédio moral.

O seminário prossegue na tarde desta sexta-feira com novas palestras e debates e o lançamento da cartilha do Sinpro: Assédio Moral no Trabalho.