Rollemberg não cumpre acordo e aposentados(as) continuam sem receber

Na última quarta-feira (27), professores(as) e orientadores(as) educacionais fizeram uma vigília em frente ao Palácio do Buriti. Ao final do dia, a Comissão de Negociação do Sinpro se reuniu com representantes do GDF. O Sindicato exige que o governador Rodrigo Rollemberg cumpra a lei e pague a pecúnia de professores(as) e orientadores(as) educacionais que se aposentaram entre junho e dezembro de 2015. O calote é inadmissível.
“Quando a greve dos professores foi suspensa, o Governo assinou um documento no qual garante que faria este pagamento e não fez. Mais de 400 professores e orientadores educacionais estão sendo prejudicados e nós não aceitaremos este desrespeito com quem trabalhou durante tanto tempo pela educação no Distrito Federal”, diz Silvia Canabrava, diretora do Sinpro.
Durante o encontro, o governo não apresentou um cronograma para o pagamento e apenas sinalizou que em fevereiro e março, fará o depósito de quem se aposentou em junho e julho do ano passado. Portanto, o GDF continua em débito com a maioria.
O governo está reinterpretando o acordo de greve, dizendo que o empenho de pagamento é para quem se aposentou até julho do último ano. Esta atitude é um verdadeiro retrocesso no processo de discussão, já que o GDF diz que os(as) professores(as) que se aposentaram de agosto a novembro não serão pagos até março, conforme o entendimento no documento que suspendeu a greve.
Jamais a categoria, em novembro, quando a greve foi suspensa, aceitaria que professores(as) ficassem de fora do pagamento das pecúnias. Portanto, a forma com que o GDF está tratando a questão como “nova pauta” é equivocada e reforça o comportamento de reinterpretar leis que não foram respeitadas e acordos que não estão sendo cumpridos.
O Sinpro protestou com veemência o posicionamento do governo e continua exigindo uma reunião com o governador Rodrigo Rollemberg para tratar do assunto. O diretor Cleber Soares enfatizou que no momento que o governo não faz o pagamento mês a mês, o Sindicato é obrigado a afirmar que o GDF está descumprindo a lei. “No processo de negociação realizado durante a greve de 2015, em todas as falas do governo foi afirmado que haveria pagamento da pecúnia a cada mês. Exigimos que este acordo seja cumprido e os créditos pagos com celeridade”, afirma.