Rodoviários da Cootarde mantêm greve e ampliam pressão sobre o GDF

Paralisados há 19 dias, motoristas e cobradores que prestam serviços à Cootarde realizaram assembleia na manhã desta quinta (26), em frente à sede da cooperativa, e decidiram manter a greve. Logo após, seguiram para manifestação no Palácio do Buriti. Eles entendem que os problemas enfrentados pelos trabalhadores do ramo do transporte são de responsabilidade maior do Governo do Distrito Federal (GDF).
Os rodoviários exigem o pagamento imediato dos salários atrasados, tíquete alimentação, 13º salário, férias vencidas e cestas básicas dos mecânicos e despachantes. A irresponsabilidade da empresa parece não ter limites. Além dos constantes calotes nos funcionários e das más condições dos veículos, a cooperativa não compareceu à audiência na terça-feira (24), no Ministério Público do Trabalho. Uma nova reunião será marcada no Tribunal Regional do Trabalho para que seja apresentada uma solução.
Outro ponto preocupante é quanto à atuação da Cootarde diante das manifestações. Em dezembro do ano passado, em paralisação pelo mesmo motivo, 28 funcionários foram demitidos injustamente.
Para o secretário de Administração e Finanças da CUT/Brasília, Julimar Rodrigues, diante de tamanhas irregularidades, a cooperativa deveria ser impedida de prestar serviços à população. Ele acredita que o GDF, como responsável pelo transporte público, deve tomar medidas para barrar as negligências. “É uma empresa que não cumpre com suas obrigações e que não tem responsabilidade alguma quando se trata dos direitos do trabalhador”, disse.
A Cootarde integra o Sistema de Transporte Público Básico do DF como transporte complementar por meio de micro-ônibus. As linhas paradas atendem as regiões de Ceilândia, Taguatinga, Brazlândia, Santa Maria, Gama e Recanto das Emas.