Reunião com diretores de escola enfatiza importância da unidade no fortalecimento da greve

Diretores(as) e vice-diretores(as) de escolas públicas do Distrito Federal se reuniram nesta sexta-feira (17), na sede do Sinpro, para debater a greve dos(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais iniciada no dia 15 de março. Em todas as falas, o sentimento era de força, unidade e muita luta neste momento de tentativa de retirada de direitos da classe trabalhadora e de desrespeito com a categoria.
Durante a reunião os diretores e vice-diretores revelaram a adesão de cada escola no movimento paredista e apresentaram sugestões para o fortalecimento da greve. Apresentaram também as dificuldades encontradas nas escolas, a importância do debate com estudantes e com a comunidade escolar, apontaram algumas preocupações e, principalmente, enalteceram a importância da participação de cada diretor e vice-diretor na greve.
Esta preocupação foi compartilhada pela diretora do Centro de Ensino Fundamental 17 de Taguatinga, Andréia Bombom. Para ela, o diretor precisa dar o exemplo. “O diretor muitas vezes quer que o professor faça greve e ele próprio não faz, não vai para a linha de frente. É muito importante que ele dê o exemplo”, salienta. Andréia afirma que alguns diretores têm punido professores(as) que aderem à greve, fato que não pode acontecer. “Precisamos mostrar unidade e força neste momento. Quanto mais diretores aderirem à greve, mais força teremos para lutar por nossos direitos”.
Para o diretor do Sinpro Júlio Barros, esta reunião tem uma importância muito grande porque fortalece a luta. “Se temos maioria na greve, a punição vai ser mais difícil. Já tivemos uma vitória muito grande com a revogação da Circular nº 11 (que solicitava o encerramento do contrato dos professores temporários que aderissem à Greve Geral). A partir de agora, enfrentaremos inimigos poderosos, exemplo do judiciário, que pode decretar irregularidade da greve e cobrar multas abusivas. É por isto a necessidade de nos unirmos e caminharmos juntos em direção à vitória”.
Ao final da reunião a diretora do Sinpro Rosilene Corrêa enfatizou a importância do diretor e vice-diretor nesta greve. “Se tivermos uma participação maciça, nossa luta ganha peso e força. Outro ponto importante é conversar com a comunidade escolar, explicando os motivos desta greve. A nossa luta é deles também, já que esta reforma tira direitos de todos os trabalhadores, não somente dos professores”, finaliza.
 
Movimento paredista
O magistério vai à luta em todo o país e o movimento dos(as) professores(as) do DF se soma ao dos outros estados, que também deflagraram greve geral por tempo indeterminado contra a reforma da Previdência. Além da pauta nacional, os(as) professores(as) do DF entraram em greve também porque chegaram ao fim de 2016 com perdas salariais imensas acumuladas e um governo de portas fechadas. Sem negociar com a categoria, sucessivos atrasos nos pagamentos e sem cumprir nenhuma lei distrital que regula a relação trabalhista entre o DF e o funcionalismo, o Governo do Distrito Federal (GDF) empurrou a categoria para a greve.
Diante disto é de grande importância a participação de todos e todas neste movimento que reivindica os direitos da nossa categoria.
 
Fotos: Deva Garcia