Rede pública tem bons resultados no vestibular da UnB

As escolas públicas do DF fizeram bonito no vestibular da UnB: este ano 393 alunos vindos da rede pública tiveram suas primeiras aulas na universidade. Liderando os bons resultados está o Setor Oeste, tradicionalmente o recordista de aprovações da rede pública, seguido pelo Setor Leste e o Elefante Branco. Juntas, as três escolas responderam por 80 novos calouros. O Plano Piloto foi a regional que mais aprovou, seguido por Taguatinga e Planaltina.

A aprovação no vestibular depende de inúmeros fatores, e talvez o mais fundamental seja a determinação do aluno. Mas os professores dessas e outras escolas públicas da cidade estão superando com empenho e dedicação as vantagens que as escolas particulares têm em termos de infraestrutura.

No Setor Leste, por exemplo, a colaboração dos professores foi fundamental para diminuir a reprovação e aumentar o índice de aprovação nos vestibulares, duas das metas estabelecidas pela diretoria. A escola oferece aulas de reforço no turno contrário ao das aulas regulares, e a reposição da greve foi feita em formato de aulões preparatórios para o vestibular. Com a colaboração dos professores da escola e agilidade no pedido de professores substitutos, a escola conseguiu cortar o número de aulas perdidas. “Raramente nossos alunos ficam sem aula”, contou a professora Maricelma Arakaki.

Já o Setor Oeste tem um longo histórico de bons números de aprovação. Quando foi fundada, em 1986, a escola tinha como missão ser um polo de excelência, capaz de competir com as escolas particulares não só em qualidade de ensino, mas também em número de alunos aprovados. Embora a escola não seja mais a campeã do DF, ainda é a líder entre as escolas públicas, e continua dando passos para melhorar ainda mais: o índice de fracasso escolar diminuiu de 27, 82% em 2007 para menos de 10% em 2009.

Outras escolas que se destacaram foram o CEM 02 de Planaltina, com 21 aprovados, o Cean, na Asa Norte, o CEMAB e o CEMTN, em Taguatinga, o CEM 01 de Sobradinho, o CEM 304, em Samambaia, e o CEM 417, em Santa Maria.