Profissão Professor – A realidade de quem trabalha em escolas de zona rural

marcos pires 200x200“Apesar dos problemas, a troca de experiências entre alunos e professores é gratificante. Aprendemos muito”. A fala do professor Marcos Alves Pires, da Escola Classe Riacho Fundo Rural (Ruralzinha), expressa um pouco da realidade de quem trabalha e dos que estudam em escolas de zona rural do Distrito Federal.
 
Mas apesar do bom ambiente e das experiências, a realidade mostra algumas preocupações.Com a necessidade de ter um planejamento pedagógico voltado para a realidade de um aluno que estuda e vive em uma zona rural, o professor revela que o aumento da quantidade de alunos oriundos da zona urbana, motivado pela falta de escolas nestas áreas, e a dificuldade na locomoção são algumas das dificuldades enfrentadas pelos estudantes.
 
“Muitos chegam com uma demanda de ensino deficitária, precisando de algum tipo de reforço, enquanto nos vemos cercados por alunos que vem da zona urbana. Isto traz uma responsabilidade ainda maior, principalmente porque aumenta o número de alunos nas salas de aula, muitos com níveis de conhecimento diferentes”, comenta Marcos Alves, complementando que a maior parte das escolas do DF oferece transporte da casa do aluno à escola, “o que diminuiu consideravelmente o número de faltas”.
 
Em relação às expectativas para o futuro, o educador espera que o governo valorize o profissional de educação que trabalha na zona rural, já que vários desanimam devido às dificuldades de locomoção e da perda de gratificações. “Acredito muito na minha profissão, é a que escolhi para transformar minha vida e para contribuir também na transformação de outras pessoas. Apesar de todos os problemas, o ato de educar é apaixonante”, conclui o professor da Escola Classe Riacho Fundo Rural.
 
Nome: Marcos Alves Pires
Função: Professor
Série: 4º ano
Tempo de magistério: 16 anos
Escola: Escola Classe Riacho Fundo Rural (Ruralzinha).
 
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