Professores(as) suspendem paralisação até abril

IMG_20150227_164758670A decisão foi aprovada durante a assembleia geral desta sexta-feira (27). A categoria definiu que irá voltar às salas de aula nesta segunda-feira (2/3), contudo estará mobilizada até o dia 9 de abril, quando realizará uma nova assembleia com indicativo de greve.
Essa decisão está relacionada com o reajuste salarial a ser executado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em março, proveniente do plano de carreira em curso. A categoria exige que o governo pague os atrasados e a penúltima parcela do reajuste. Caso isto não aconteça, a assembleia do dia 9 de abril definirá os rumos do movimento, que poderá culminar com uma greve geral por tempo indeterminado. Ou seja, a assembleia geral definiu que inicia nesta sexta contagem regressiva até abril.
Na negociação desta sexta-feira, dentre outras definições, o GDF assumiu:

Assegurar, caso haja condições financeiras para isso, a antecipação da quitação dos pagamentos atrasados para março de 2015.

Efetuar esse pagamento referente a 2014 da seguinte forma:

27/2, pagamento da segunda parcela das férias;

20/3, pagamento do 13º dos(as) professores(as) de contrato temporário;

30/3, terceira parcela das férias e primeira do 13º; e

30/4, segunda parcela do 13º e quitação total dos atrasados de 2014.

Também ficou acordado que o GDF irá liberar, até o dia 10 de março de 2015, uma parcela do PDAF no valor de R$ 19.700.000,00, dentro do qual está incluída a contratação do educador voluntário. Confira a seguir, o documento.
Com a participação de mais de 12 mil professores(as), a assembleia revelou que a categoria quer o salário pago e ponto final. Caso o governo não cumpra o estabelecido no documento e nem pague o reajuste previsto no plano de carreira em curso, os(as) docentes entrarão em greve a partir da próxima assembleia.
Reunião
Durante a manhã e início da tarde desta sexta-feira, estiveram reunidos no Palácio do Buriti os integrantes do Sinpro-DF, SAE e GDF. Estiveram presentes também os secretários Hélio Doyle (Casa Civil), Marcos Dantas (Relações Institucionais), Leany Lemos (Planejamento, Orçamento e Gestão), Júlio Gregório (Educação) e Pedro Meneghetti (secretário adjunto da Fazenda), e deputados distritais, federais e senadores.
Além de cobrar uma posição sobre os débitos do GDF perante a categoria, a comissão de negociação expôs a profunda indignação com o governo, que acionou a Justiça para determinar o fim da paralisação na manhã da quinta-feira (26). Os diretores do Sindicato também enfatizaram a precária situação das escolas para o início do ano letivo.
A reunião foi tensa, chegando até mesmo a ser interrompida, pois o GDF não queria apresentar nenhum ponto diferente do que havia apresentado na reunião anterior, a de segunda-feira (23). A comissão de negociação continuou pressionando para que o governo apresentasse uma proposta que pudesse abreviar ao máximo a espera dos(as) professores(as) pelos devidos pagamentos atrasados. Com isso, ao final da reunião, o GDF reformulou a proposta anteriormente apresentada para o documento composto por sete compromissos (confira a seguir).
 
compromisso gdf