Professores invadem Câmara do Rio e sessão é suspensa

Professores em greve invadiram o plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro na tarde desta quinta-feira. A sessão que votaria o novo plano de carreira dos profissionais de educação – apresentado pela prefeitura – foi suspensa. Os profissionais informaram que continuarão nas dependências da Casa, na Cinelândia, enquanto a proposta do governo municipal não for retirada de pauta. Os professores estão em greve desde o dia 8 de agosto.
 

Os professores realizaram um protesto em frente à Câmara, tentando impedir a aprovação da proposta. Para acompanhar a sessão, foram distribuídas 70 senhas, mas o sindicato diz que não recebeu nenhuma. Apesar das complicações, uma comissão de docentes credenciados foi autorizada a entrar na sessão.
 
Segundo a assessoria do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ), uma comissão do sindicato será recebida pelos vereadores para discutir a questão, ainda nesta quinta-feira.
 
De acordo com a assessoria da Câmara, a audiência foi suspensa porque “não havia condições de dar continuidade aos trabalhos depois que os professores invadiram o plenário”. Os profissionais de educação da rede municipal dizem que não vão sair do prédio até que o presidente da Câmara, Jorge Felippe (PMDB), os receba. “A categoria está desconfiada de que possa ter uma nova sessão amanhã”, explicou a diretora do Sepe, Gesa Linhares.
 
Logo após o encerramento da sessão, a mesa diretora da Câmara iniciou uma reunião a portas fechadas. O Sepe aguarda o fim da reunião para tentar negociar com os vereadores a retirada da pauta de votação do Plano de Cargos e Salários da categoria.
 
Na quarta-feira, o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) derrubou a liminar concedida ao Sepe, que impedia a Secretaria Municipal de Educação (SME) de cortar os vencimentos dos dias em que os servidores ficaram parados. Com isso, outras penalidades também podem ser aplicadas contra os profissionais. A decisão foi da desembargadora Geórgia de Carvalho Lima.
 
Com informações do JB Online e da Agência Brasil.