Professores em greve fazem ato no Congresso Nacional

Cerca de 500 professores de 22 estados que aderiram à greve promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) realizaram, nesta quarta-feira (24), um ato no Congresso Nacional. O grupo se renuiu com os presidentes da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Na pauta, estão reivindicações como o cumprimento da Lei 11.738/2008 (que prevê o piso nacional do magistério de R$ 1.567), a aprovação do Plano Nacional da Educação (PNE) e a destinação de 100% dos royalties do pré-sal para a Educação. Além disso, a categoria quer a regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho, que estende o direito de negociação coletiva a servidores públicos. “É sempre um clima de tensão o ano inteiro. Funcionários públicos são tão trabalhadores quanto os outros. Queremos negociar juntos nossos salários”, afirmou o presidente da CNTE, Roberto Leão.

Ao longo do dia a comissão se reuniu com o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PT-PI), com o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), com o relator do PNE no Senado, senador José Pimentel (PT-CE), e com o secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC), José Henrique Paim Fernandes. A greve coordenada pelo CNTE começou nesta terça-feira (23) e deve se estender até amanhã (25).
O ato também tem o apoio da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que celebra a Semana de Ação Mundial, evento que ocorre em mais de 100 países entre os dias 21 e 28 de abril. O movimento global exige que os governos cumpram os acordos internacionais da área, entre eles, o Programa de Educação para Todos, da Unesco.
Além de participar da maioria das audiências no Congresso junto com representantes do CNTE, o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, discursou no encontro da Frente Nacional de Prefeitos, grupo que reúne gestores dos cerca de 200 maiores municípios do Brasil. “Quero chamar a atenção dos prefeitos para o fortalecimento da pré-escola. Eles têm que garantir as matrículas das crianças nas creches”, afirmou Cara.