Professores do Pará em greve vão à Justiça contra corte de ponto

Os professores da rede estadual do Pará, que estão em greve há 50 dias, terão o ponto cortado. Além do desconto, o Estado anunciou nesta segunda-feira (11) que 210 docentes temporários foram contratados para garantir a volta às aulas na rede.
O Sintepp (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará) informou que vai recorrer do corte, referente a 15 dias. “Não há nenhuma decisão que considere a greve abusiva. Isso é uma tentativa de intimidar os trabalhadores e vamos tentar anular essa medida na Justiça”, afirma Agnaldo Ferreira, que responde pelo setor de comunicação do sindicato.
O governo afirma que a decisão foi tomada “em virtude da inflexibilidade do Sintepp durante as rodas de negociação”.
O Estado informa que 7.000 professores (28% do total) estão em greve, prejudicando 200 mil alunos. O sindicato diz que a greve atinge 50% dos municípios, sendo que em Belém 80% dos professores estão parados.
Segundo o Sintepp, os grevistas aguardam o estabelecimento de metas e a apresentação de um cronograma para o pagamento do piso da categoria retroativo a 2011. Eles também pedem o pagamento de um terço de horas complementares e a regulamentação do PCCR (Plano de Cargo, Carreira e Remuneração), com a inclusão de outros trabalhadores da educação.
O governo afirma que já assegurou avanços, como a unificação do PCCR, e que apresentou um cronograma de pagamento do piso nacional, “mediante análise do crescimento real da arrecadação”, em que a primeira parcela do retroativo será paga na folha de janeiro de 2014. O Estado considera que não há mais propostas a fazer, pois chegou ao seu limite orçamentário.
A categoria tem uma assembleia marcada para esta terça-feira (12), às 15h, para decidir se mantém ou não a greve.
Do Uol