Primeira vitória dos servidores: votação é adiada

Compromisso número um dos professores: todos à Câmara na terça-feira, dia 31, às 13h! Nossa vitória depende da pressão junto aos deputados distritais! A pressão dos servidores públicos na tarde de quinta-feira, 26, levou ao adiamento da votação do projeto de lei do governador Arruda que cancela os reajustes de servidores e condiciona qualquer aumento salarial a uma avaliação de uma comissão do GDF. Com isso o governo quer dar uma aparência legal ao calote que pretende dar nos professores.
Diante da divisão e do posicionamento contrário de parlamentares da própria base governista, o governo recuou da decisão de votar a toque de caixa uma proposta que tem como principal objetivo dar um golpe nos professores e justificar o descumprimento da lei do nosso plano de carreira.
A votação foi adiada para a próxima terça-feira, dia 31 e por isso professores, alertamos: todos devem comparecer à Câmara neste dia. A mobilização marcada para hoje, sexta-feira, foi transferida para a terça, mas o Sinpro estará nesta sexta no local para conversar com os parlamentares que estiverem na Casa.
Esse projeto, se pretendia dar um golpe nos professores sacrificando também o reajuste dos outros servidores teve o efeito contrário do desejado: unificou os servidores e hoje já recebemos mais solidariedade de diferentes sindicatos, inclusive de sindicatos não ligados à CUT.
Ontem, durante a tentativa de votação do projeto na Comissão de Assuntos Sociais, foi um dia muito importante para observarmos a atuação de alguns parlamentares. E, é claro, alguns deles merecem destaque especial.
Destacamos a atuação do deputado Paulo Tadeu, presidente da CAS, deu uma demonstração de firmeza e compromisso com os servidores. Apesar da pressão dos governistas, manteve a sessão sozinho até que se encontrasse uma forma de conseguirmos uma vitória, no caso o adiamento da votação.
O deputado Raimundo Ribeiro foi outro que teve um papel muito importante. Ele é membro do gverno Arruda e sofreu uma pressão brutal, mas, mesmo assim, fez um ataque veemente à proposta e votou contra o projeto. A sua atitude levou a líder do governo, deputada Eurides Britos (mais uma vez ela), a pedir a suspensão da sessão para tentar enquadrar o Raimundo Ribeiro. Ele se reuniu com ela, mas voltou com a mesma posição e manteve o voto.
O deputado Cabo Patrício, vice-presidente da CLDF, não é membro da CAS, mas esteve lá o tempo todo para ajudar no combate ao projeto. Fez um ataque ao projeto e acabou ajudando na construção do acordo que adiou a votação em plenário para a próxima semana.
O deputado Brunelli também ajudou muito. Ele não é membro da Comissão de Assuntos Sociais, mas foi lá e fez um duro discurso contra o projeto, declarou voto contra e ainda fez um apelo aos deputados que apóiam o Governo.O deputado Milton Barbosa não votou porque a sessão foi encerrada antes, mas afirmou que também votará contra o projeto. A deputada Jaqueline Roriz, que acabou se encontrando nos corredores com os sindicalistas, também garantiu que votará contra.
VERGONHA
Eurides Brito, Wilson Lima e Ailton Gomes tiveram atuação vergonhosa. Eurides Brito e Wilson Lima bateram pesado defendendo a aprovação do projeto. O Ailton Gomes, que é bombeiro, ficou se escondendo e disfarçando, mas, no final, disse que votaria com o governo.