Primeira palestra do CNE trata da greve geral do dia 15 de março

O segundo Conselho Nacional das Entidades (CNE) deste ano e o primeiro com a atual diretoria começou nesta quinta-feira (16/2) e segue até amanhã (17/2). Sindicalistas de várias regiões do país estiveram presentes no auditório da sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) para debater, pela manhã, sobre a conjuntura nacional e a construção da greve geral da classe trabalhadora.
O atual presidente da Confederação, Heleno Araújo Filho, diz que é uma grande responsabilidade estar à frente da coordenação, mas com segurança e tranquilidade porque é uma Confederação que já demonstrou a sua força e o seu potencial no processo de mobilização da categoria. “Por isso, assumo essa tarefa com muita força, muita dedicação e sabendo que tem um coletivo que vai ajudar nesse processo”, acrescenta.
Sobre a greve geral organizada e divulgada para o dia 15 de março, um levantamento inicial feito pela CNTE contabiliza que 20 estados estarão unidos nessa resistência. “E hoje vai aumentar com essa atividade do Conselho. Teremos um 15 de março bem movimentado em todo o país e vamos, com certeza, barrar essa Reforma da Previdência, essa reforma trabalhista que, de forma absurda, retira direitos básicos da classe trabalhadora e da nossa categoria”, ressalta Heleno.
O palestrante Nivaldo Santana, vice-presidente da Confederação dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), enfatiza a problemática das recentes reformas, além de enaltecer a mobilização para o dia 15 de março. “Foi uma iniciativa que começou no congresso da CNTE e conseguiu angariar apoios nas centrais, na Frente Brasil Popular. Então, acho que o debate consolidou para nós da CTB a importância da mobilização e desse 15 de março como grande dia de greve no país”, afirma Nivaldo.
Para Carmen Foro, vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a unidade dos trabalhadores é fundamental para a garantia de direitos. “É importante a gente entender que, nesse momento, a luta de classes é necessária, mesmo que a classe trabalhadora seja extremamente diversa. Nós precisamos atingir a todos os trabalhadores para que percebam que o que está acontecendo nesse momento é muito grave para o futuro de nossas vidas. O que está acontecendo nesse momento é retirada de direitos, e que nós precisamos lutar muito”, ressalta Carmen.
O CNE continua nesta tarde e termina ao fim da manhã desta sexta-feira.
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