Presidente ilegítimo baixa Ato do Poder Executivo e repete passos da ditadura militar

O presidente ilegítimo Michel Temer acabou de baixar um decreto que autoriza o emprego das Forças Armadas para a garantia da Lei e da Ordem no Distrito Federal. Temer agiu como os generais da ditadura militar, na segunda metade dos anos 1960, e baixou, na tarde desta quarta-feira (24), o Ato do Poder Executivo semelhante à série de Atos Institucionais, os quais aterrorizaram o Brasil por 20 anos e sustentaram o assassinato de sindicalistas, estudantes, intelectuais e qualquer outra pessoa que ousasse a defender seus direitos e o patrimônio público da Nação.
O Ato do Poder Executivo já está em vigor e foi instituído durante a marcha da classe trabalhadora, o #OcupaBrasilia, realizada nesta quarta-feira (24), contra as reformas em geral, sobretudo a da Previdência (que seria votada hoje) e a trabalhista. Em razão das denúncias de crimes contra o Estado brasileiro, no âmbito da Operação Patmos, uma ação da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR), os mais de 200 mil manifestantes que marcharam na Esplanada dos Ministérios também exigiram a renúncia do presidente ilegítimo por envolvimento nesses crimes contra a Nação e defenderam a convocação de eleições diretas para os cargos federais. A Lava Jato é a origem da Operação Patmos.
Importante lembrar que, nos anos 1960 e 70, a Rede Globo já atuava na defesa da ditadura militar. Portanto, todo cuidado é pouco com a narrativa jornalística emitida por essa empresa de comunicação social. É importante também observar que o presidente ilegítimo Michel Temer e os políticos que corroboram a ação das Forças Armadas como forma de reprimir manifestações e oprimir opiniões contra as reformas que prejudicam o país e desmontam o Estado de direito, são todos denunciados na Operação Lava Jato por envolvimento em grandes esquemas de corrupção e desvios de dinheiro público para interesses privados.
Outro dado importante de recordar é que, em 1968, quando baixou o Ato Institucional nº 5 (AI-5), depois de ter baixado os AI 1, 2, 3 e 4, que, reunidos, acabavam com a democracia, com o habeas corpus e outros direitos cidadãos, o governo militar também estava totalmente comprometido com reformas nefastas para o país, que destruíam a Nação, entregavam o patrimônio público brasileiro e eliminavam vários direitos trabalhistas e sociais, como, por exemplo, o direito da classe trabalhadora de se organizar em sindicatos. Por mais de 20 anos, os/as trabalhadores/as não puderam se organizar em seus instrumentos de luta: o sindicato.
A diretoria colegiada do Sinpro-DF repudia a atitude do presidente ilegítimo e reafirma que, durante toda a ditadura militar, mesmo sem poder se reunir em sindicato, o movimento docente lutou diuturnamente e sem cessar contra a opressão, a repressão e a rapinagem dos grandes empresários brasileiros e do capital internacional no Brasil e no DF.
 

 
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