Polícia Militar ataca estudantes que lutam em defesa da democracia

Mais de 200 estudantes que se manifestavam em frente ao Ministério da Educação nesta quinta-feira (26) foram atacados com truculência pelo batalhão de choque da Polícia Militar do Distrito Federal. Bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha foram disparadas contra os manifestantes, que tiveram que correr para não se ferirem. Três estudantes foram presos.
Em vídeo gravado pelos próprios estudantes, é visível a truculência desenfreada e desnecessária da Polícia de Choque. “Foi simplesmente terrível”, diz Isabelle de Oliveira, do Levante Popular. “A gente não vai recuar. A gente vai continuar na luta, continuar se organizando em defesa da UnB e de todas as universidades do Brasil”, avisa a estudante.
A integrante do Levante Popular da Juventude Isabelle de Oliveira conta do ataque sofrido pelos estudantes
Esse foi o segundo organizado pelos estudantes da Universidade de Brasília contra o desmonte da UnB e das demais universidades públicas do Brasil, uma política imposta pelo presidente ilegítimo Michel Temer.
A principal questão referente às dificuldades da UnB – também presentes em outras instituições públicas – é a Emenda Constitucional 95, que estabeleceu um teto para gastos públicos por período de 20 anos.
A nefasta medida do governo golpista também impede que a UnB utilize cerca de R$ 168 milhões que estão bloqueados pelo Tesouro Nacional. Esse valor é rendimento próprio oriundo de alugueis, verbas de pesquisas e emendas parlamentares.
O Sinpro repudia a violência empregada pela PM contra estudantes que foram ao local se manifestar e exigir respeito à educação e às universidades. O futuro de um país passa, necessariamente, pela educação e pelo respeito à democracia. O direito de se manifestar é garantido pela Constituição e a ação arbitrária e violenta da polícia mostra, além de despreparo, desrespeito às leis.
Confira abaixo o momento que a PM inicia a truculência

Fonte: CUT Brasília