Plenária reforça necessidade de debate sobre ciclos e semestralidade

Durante plenária realizada na noite desta quarta-feira (19), na sede do Sinpro, a professora doutora Jorcelina Elisabeth Fernandes, da Universidade Federal do Mato Grosso, falou um pouco sobre a experiência vivenciada por ela na política de formação humana de ciclos implantada no estado há dez anos, e deixou claro a necessidade da categoria debater a proposta antes de sua implantação nas escolas públicas do DF. O Governo do Distrito Federal tenta implantar a política de ciclos imediatamente em 2013, nas escolas públicas do DF, fato que a categoria se posicionou completamente contrária.

Com a experiência de quem participou de um projeto semelhante, a professora Jorcelina Fernandes afirma que é de fundamental importância debater o projeto em todas as escolas antes de se definir qual a melhor política para o DF. “Os professores e a comunidade escolar precisam conhecer a proposta que fará parte do dia-a-dia escolar, afinal nós precisamos de uma política pedagógica de estado que surta efeitos positivos no cenário educacional do DF. Como trabalharemos a escola organizada em ciclos sem conhecermos o projeto”, indaga Jorcelina.
Outro ponto defendido pela professora é a necessidade de se respeitar as etapas antes da implantação do projeto. “Cada passo é importante no processo. Primeiro é preciso debater a proposta com a categoria e com a comunidade escolar, depois deve haver uma formação para o corpo docente e somente após estas duas etapas a implementação do projeto. Os professores precisam se preparar para uma mudança tão estrutural no processo pedagógico, para que esta política educacional seja de fato um marco positivo na realidade educacional do DF”.
O Sinpro reforça a posição de que é contrário à implantação da proposta ainda em 2013, entendendo que as mudanças são estruturais e devem ser feitas com o amplo debate, ouvindo inclusive com a comunidade escolar, pais e estudantes. Não somos contra a proposta progressista dos Ciclos de Educação, por entender que essa é uma possibilidade de repensar a escola cidadã, democrática, para todos, em especial num momento em que se implanta a gestão democrática nas unidades de ensino.