Petroleiros iniciam greve nesta quarta-feira, dia 30


Os trabalhadores do Sistema Petrobrás estão com as atividades paralisadas, desde a meia-noite desta quarta-feira (30/5), em todo o país contra o desmonte promovido pelo presidente da empresa, Pedro Parente.
Entre hoje e sexta-feira (1º/6), os petroleiros realizam uma greve nacional de advertência para baixar os preços do gás de cozinha e dos combustíveis, contra a privatização da Petrobrás e pela demissão de Pedro Parente que, com o aval do governo Temer, é o principal responsável pelo caos em que se encontra o Brasil.
Os petroleiros advertem que a disparada dos preços da gasolina, do gás de cozinha e do diesel não pode ser tratada como uma questão apenas de tributação. É, acima de tudo, um problema de gestão da Petrobrás, que vem sendo administrada para atender exclusivamente aos interesses do mercado.
Com o aval do governo Temer, o presidente da empresa, Pedro Parente, adotou em outubro de 2016 uma política de preços internacionais para os derivados produzidos pela estatal, sem estabelecer qualquer mecanismo de proteção para o consumidor.
Mesmo sabendo das consequências, Temer e Parente optaram por satisfazer o mercado e, em julho do ano passado, os reajustes nas refinarias passaram a ser diários. Desde então, a Petrobrás alterou 230 vezes os preços nas refinarias. Isso resultou em aumentos de mais de 50% na gasolina e diesel, enquanto os preços do GLP tiveram 60% de reajuste.
Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) é clara: “Por isso os petroleiros farão a maior greve da história da Petrobrás. Uma greve que não é por salários, nem benefícios. Uma greve pela redução dos preços do gás de cozinha, da gasolina e do diesel. Uma greve pela retomada da produção de combustíveis nas refinarias brasileiras e pelo fim das importações de derivados de petróleo. Uma greve contra o desmonte da empresa que é estratégica para a nação. Porque defender a Petrobrás é defender os interesses do povo brasileiro”.
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