Perícia médica muda de local

Finalmente, após anos de reclamação e sofrimento, os professores e os funcionários de escola passarão a contar com um espaço mais adequado de atendimento da Perícia Médica do GPMO. Na próxima segunda-feira, 20, de acordo com informações da Diretoria de Saúde Ocupacional (DSO) o serviço será transferido da 705/905 Norte para a antiga Escola Classe da 711 Norte, que foi totalmente reformada para abrigar toda a DSO. Em Taguatinga as homologações de atestados continuarão no mesmo local, mas para se submeter à junta médica os professores terão que se descolar ao Plano, como já ocorre com outras cidades.

Segundo informações do site da Secretaria de Educação, “agora serão 28 consultórios no Plano Piloto. Todos os serviços, antes localizados em endereços distintos – perícia e junta médica, psicologia, dependência química e o programa de readaptação funcional – foram reunidos no mesmo prédio. Na 705/905, onde ficava a perícia, só havia quatro consultórios médicos e mais quatro salas – três para atendimento psicológico e uma para o serviço social.

Os programas de dependência química e de readaptação funcional, por exemplo, ocupavam salas do Gisno, na 907 Norte, causando transtornos por causa do deslocamento de prontuários médicos e falta de intercâmbio entre a DSO e os coordenadores desses setores.

“Tudo isso sempre gerou irritabilidade no servidor, dificultava o trabalho. Com o novo espaço, vai melhorar muito a qualidade do serviço médico”, diz Valente, e completa: “O espaço da 705/905 era um grande entrave para prestar um serviço de qualidade, era muito pequeno para atender à demanda diária”.

Sobre esse último parágrafo é bom constatar que o secretário confirma o que o Sinpro vinha criticando há tempos: o local da GPMO era completamente inadequado para o serviço que prestava. Mas não basta apenas espaço adequado, é preciso acabar com a carência crônica de médicos. “Hoje essa carência é de 20 médicos, apenas dois novos médicos foram contratados”, afirmou Maria José, a Zezé, coordenadora da Secretaria de Saúde do Sinpro-DF. Ela lembra que em Taguatinga, não há junta médica por causa da falta de profissionais, o que obriga os professores da cidade a se deslocarem doentes para o Plano Piloto.

Seria bom que a Secretaria de Educação entendesse também que o número de atestados diminuiu em 2008 com relação a 2007 não porque os professores estão sendo melhor atendidos, com maior autoestima e adoecendo menos. Isso ocorreu em grande parte porque os professores se submeteram a trabalhar doentes, já que são obrigados a enfrentar um atendimento precário até para referendarem um atestado de um dia.