Pelo banimento do amianto no Brasil

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) promoveu na quinta-feira (30), na sede do Sinpro-DF, o lançamento do livro Eternit e o Grande Julgamento do Amianto. A obra editada por David Allen e Laurie Kazan-Allen trata de um movimento de famílias e vítimas do amianto na cidade italiana de Casale Monferrato, onde funcionou uma unidade da empresa. Por iniciativa da CUT, cinco mil exemplares foram traduzidos para o português. A união dessas pessoas resultou em um processo que teve início em 2009 e terminou em 2012, com a sentença de 16 anos de prisão para o ex-proprietário da Eternit, Stephan Schmidheiny, e para um administrador da filial italiana, Jean-Louis de Marchienne, além do pagamento de 95 milhões de Euros.

Nesta sexta-feira (31) foi realizada a segunda audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o banimento do amianto no Brasil. “Com o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade à Lei 9.055, que discute o uso do amianto controlado em São Paulo, fomos para cima do ministro Ayres Britto, atual presidente do STF no mês de maio, expondo a importância de ele votar pelo banimento. Foi quando soubemos que o Instituto Crisotila, que defende o uso controlado, pediu as audiências públicas para postergar o julgamento. Então, com a sentença de Turim e o livro na mão achamos que era o momento político para editarmos no Brasil”, explica a secretária de Saúde do Trabalhador da CUT, Junéia Batista.