Para reduzir gastos, GDF ameaça salário das(os) trabalhadoras(es)

O governo do Distrito Federal divulgou na segunda-feira, dia 30, em matéria de capa do jornal Correio Braziliense, medidas para contenção de gastos que na realidade se traduzem em um novo arrocho salarial. Mais uma vez, na hora de reduzir despesas, a resposta é sempre o salário das trabalhadoras e trabalhadores.
O salário das professoras e dos professores está entre os mais baixos dentre as categorias do serviço público do DF para as quais se exige grau superior de escolaridade e jornada de 40 horas (em uma lista de 28 cargos o desprestígio das(os) professoras(es) é incontestável: situam-se na 21ª posição!). Mesmo ciente disso, o GDF, na matéria do Correio Braziliense, se utilizou do reajuste concedido à nossa categoria – fruto da nossa luta – como sendo um privilégio.
Disse ainda, na referida matéria, que os professores tiveram um “reajuste de 13% em 2011”. Naquele ano, tivemos um reajuste salarial de 11,14%, sendo que nosso ganho real foi de apenas 4,77%, descontada a inflação medida pelo INPC. A proposta do governo, acatada pela categoria em abril do ano passado, era realmente de 13%, mas dividida em três etapas e a diferença de 2,69% só será paga em março de 2012.  Só poderemos computar esse valor como reajuste depois que ele for depositado em nossa conta corrente.
Infelizmente, não é novidade para nossa categoria o governo anunciar arrocho salarial. Já tivemos que enfrentar situações como esta em outros momentos, em outros governos. Portanto, isso não nos intimida. Continuaremos nossa contagem regressiva até o dia 8 de março. Nessa data, reunidos em Assembleia, daremos nossa resposta ao GDF. Sempre foi a garra das professoras e professores do DF que garantiu nossos ganhos.