Pais pedem agilidade no julgamento sobre escolas parque no TCDF

A 10 dias de começar o período letivo escolar, o imbróglio envolvendo o fim das escolas parque no Distrito Federal continua sem solução. Havia esperança dos pais de que o caso fosse julgado na tarde desta terça-feira (31/1) pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) e o modelo mantido. Entretanto, o tema não entrou na pauta do órgão e o processo continua nas mãos do relator.
Mesmo assim, de acordo com o Conselho de Direitos Humanos do DF, cerca de 100 pais foram ao tribunal na tentativa de sensibilizar os conselheiros da importância de uma decisão ágil sobre a questão. “Um grupo de pais conversou com o conselheiro Márcio Michel e expôs os problemas, por isso, ele pediu mais tempo para fazer algumas visitas”, explicou Michel Platini Fernandes, presidente do Conselho de Direitos Humanos do DF. O Conselho e a deputada Érika Kokay (PT) são os responsáveis pela representação no TCDF.

A polêmica ocorre porque o GDF quer usar os espaços para um projeto-piloto de educação integral. O objetivo é que alunos de 17 escolas classe passem o contraturno em uma escola parque, todos os dias da semana. Com isso, estudantes das outras 19 unidades de escola classe não poderão desfrutar das atividades externas e terão todas as aulas no mesmo colégio.

Segundo a Secretaria de Educação do DF, a medida vai possibilitar a oferta de ensino integral a 2,8 mil alunos. Entretanto, outros 7,2 mil estudantes que frequentavam os espaços semanalmente para aulas de educação física, artes e atividades ao ar livre perderão o benefício. As críticas à mudança incluem o receio de que o modelo de escola parque, idealizado pelo educador Anísio Teixeira na criação de Brasília, seja extinto.