Ocupações nas escolas contra projetos que atacam a educação ganham força no DF e no país

A cada dia, aumenta o número de escolas e universidades ocupadas no DF e em todo o país pelos próprios estudantes, em protesto contra a PEC 241, aprovada nesta terça-feira (26) na Câmara (que prevê o congelamento de investimentos em saúde e educação para os próximos 20 anos), a MP 746/2016 (que trata da reforma do ensino médio, sem nenhum debate com a comunidade escolar), o PL 131 (que retira recursos do pré-sal para a saúde e educação), além das “Leis da mordaça”, que tramitam em diversas assembleias estaduais pelo Brasil e também na CLDF.
No DF, até este momento, são 12 escolas ocupadas: CED 01 Planaltina, CEM 304 de Samambaia, CEM Elefante Branco, CEM Setor Oeste (CEMSO), CEM 111 Recanto das Emas, CEM Taguatinga Norte (CEMTN), CED Gisno, além dos IFBs da Estrutural, Planaltina, Riacho Fundo, Samambaia e São Sebastião. O pontapé inicial de todo este movimento começou na ocupação do CEM 414 de Samambaia, que hoje está desocupado, mas que serviu como um exemplo para as demais ocupações no DF.
No entorno, o IFB de Águas Lindas também está ocupado. No país, a relação já ultrapassa as 1100 escolas e universidades, com o número crescendo a cada dia. As ocupações têm o protagonismo dos estudantes e no DF o Sinpro acompanha esta movimentação.
“As ocupações estão crescendo e isso mostra a legitimidade do movimento. A pauta dos alunos é importante contra a PEC 241 e a MP 746, e ela tem crescido na sociedade, apesar de a grande imprensa ignorar o assunto. Este é um tema de grande preocupação que precisa se debatido, porque afetará a vida de muitas pessoas. Os estudantes não vão aceitar nenhuma retirada de direitos e o retrocesso”, afirma Gabriel Cruz, diretor do Sinpro.