Nomeações de concursados estão presas na burocracia do GDF

Em reunião com o Governo do Distrito Federal (GDF), nessa terça-feira (14), lideranças sindicais do Sinpro e representantes das Comissões de Professores (as) e de Orientadores (as) Concursados cobraram as nomeações de servidores(as) aprovados em certame da Secretaria de Educação (SEDF).
Em resposta, representantes do GDF informaram que o processo de solicitação de nomeação de 240 professores(as) está na Secretaria de Fazenda (Sefaz) e que a solicitação de 159 nomeações de professores (as) realizada, posteriormente, está, novamente, na Subsecretaria de Gestão dos Profissionais da Educação (Sugepe), em virtude de um suposto “erro” de numeração de páginas, tendo de voltar para correção.
Afirmaram que a Sugepe solicitou a nomeação de 83 orientadores(as) educacionais para cobrir vacâncias de 2005 até hoje, conforme dados do sistema, e que o Processo nº 080005674/2015 está, atualmente, na Secretaria de Estado de Gestão Administrativa e Desburocratização do Distrito Federal (Segad). No entanto, uma das representantes da Comissão dos (as) Orientadores (as) Educacionais informou que há, no Portal da Transparência, 320 vagas advindas de vacâncias de orientadores(as) educacionais e não somente 83. Ela disse que 293 são oriundas de aposentadorias e, 27, de falecimentos.
Representantes do GDF refutaram as informações das comissões dos(as) concursados(as) e prometeram confrontar os dados do relatório do Portal da Transparência com os da Secretaria, até mesmo com a Supervisão de Representantes da Comissão dos(as) Orientadores(as) Educacionais.
O  GDF informou, durante a reunião, que não tem previsão para realizar as nomeações. “É preciso ter a análise da ‘governança’”, disseram os representantes do governo. As lideranças sindicais do Sinpro e os (as) integrantes das comissões de concursados (as) exigiram as nomeações, sobretudo, depois de terem visto um documento que veio a público na semana passada, no qual a Sugepe informa que há 1.846 vagas destinadas a professores(as) efetivos(as) atualmente ocupadas por professores(as) do contrato temporário, o que caracteriza uma situação ilegal do GDF.
As cobranças geraram um clima tenso, fazendo com que sindicalistas e concursados (as) cobrassem dos representantes do governo a identificação do gestor público que irá bater o martelo e autorizar, de fato, as nomeações e avisaram que, se essa pessoa do governo não aparecer e as nomeações não ocorrerem, terão de entrar na Justiça. Após o impasse, definiu-se que uma nova reunião será realizada no dia 29 de julho.
A reunião foi realizada no Anexo do Palácio do Buriti com representantes da Subsecretaria de Gestão dos Profissionais da Educação (Sugepe) e da Secretaria de Estado de Gestão Administrativa e Desburocratização do Distrito Federal (Segad) com dirigentes sindicais do Sinpro-DF e com representantes das Comissões de Professores(as) e Orientadores(as).