Movimento sindical defende investimento em educação pública

A CTB, a CNTE e a Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino) acompanharam na quarta-feira (19) na Câmara, a reunião da comissão especial que analisa o PNE.
O relatório final da proposta deve ser apresentado e votado até o dia 20 de março no colegiado. Parlamentares ligados ao tema acreditam que após votação do Plenário, o texto seguirá para sanção da presidente da República, Dilma Rousseff, ainda neste semestre.
A dirigente da CTB, Marilene Betros, ressalta a importância do investimento nas escolas públicas, e considera positiva a atuação dos movimentos sociais no âmbito da comissão especial.
“A luta do movimento social é que tenha mais investimento em escolas públicas. Mais investimento significa melhores salários para os profissionais da educação, mais incentivo à formação destes profissionais, mais qualidade na educação pública. A luta da CTB é que o PNE seja votado o mais rápido possível. Consideramos positiva a intervenção dos movimentos sociais, a pressão que fizemos aqui na comissão, uma vez que conseguimos que seja realizada audiência pública e que os movimentos sociais sejam ouvidos.”
Entre as metas do PNE está o aumento do salário dos professores. De acordo com o texto votado pelos deputados e pelos senadores, em até seis anos, os professores da educação básica devem ganhar o equivalente ao que recebem os profissionais de outras categorias de nível equivalente.
Segundo o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão, somente Acre, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco e Tocantins cumprem integralmente a lei do piso. “A consequência disso é que poucos jovens optam pela carreira de professor”, disse.
“Ninguém mais quer ser professor. As carreiras não são atraentes, não existe política salarial constante, a carga é muito grande, as condições de trabalho são as mais difíceis. Tudo isso termina afastando o jovem que tem vocação”, alertou Leão.
Audiência pública
Na próxima semana, a comissão vai realizar audiência pública para ouvir o setor de educação sobre as mudanças no PNE. Entre os convidados, estão representantes do Ministério da Educação, do Conselho Nacional de Secretários de Educação, da Contee e da CNTE.
(Com informações do Portal Vermelho)